Você Pode Caminhar ou Posso Carrega-la Nos Braços...

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— Porque tudo acabou entre nós. Eu já lhe disse isso. — Sua testa se enruga repentinamente. Ela pega o seu Blackberry para fora do bolso do paletó. Deve estar vibrando porque eu não ouvi tocar.— Welch, — ela se endireita, então escuta. Estamos de pé na Segunda Avenida, e eu olho na direção da árvore na minha frente, e suas mais recentes folhas verdes.
Pessoas agitadas passam por nós, perdidas em suas tarefas matinais de sábado. Sem dúvida, contemplando seus próprios dramas pessoais. Eu me pergunto se eles incluem assédio de ex-submissas, deslumbrantes ex- Dominadoras, e uma mulher que não tem nenhum conceito de privacidade sob a lei dos Estados Unidos.— Morto em um acidente de carro? Quando? — Marília interrompe meu devaneio.
Ah, não. Quem? Eu ouço mais de perto.— Esta é a segunda vez que aquela bastarda está sendo comunicativa. Ela deve saber. Será que ela não tem sentimentos por Leila? — Marília balança a cabeça com desgosto. — Isso está começando a fazer sentido... não... explica por que, mas não onde. — Marília olha ao nosso redor como se procurasse alguma coisa, e eu me vejo refletindo suas ações. Nada me chama a atenção. Não são apenas os consumidores, o trânsito e as árvores.— Ela está aqui, — Marília continua. — Ela está nos observando... Sim... Não. Dois ou quatro,... Eu não abordei isso ainda. — Marília olha para mim diretamente.
Abordar o quê? Eu franzo a testa para ela,e ela me observa cautelosamente.
— O que...—Ela sussurra e empalidece e arregalando os olhos. — Eu vejo. Quando?... Recentemente? Mas como?... Não verificaram os antecedentes?... Eu vejo. E-mail com o nome, endereço e fotos se as tiver... Ligue para o Taylor. —Marília desliga.— Bem? — Peço, exasperada. Será que ela vai me dizer?— Era Welch.Quem é Welch? — Meu assessor de segurança.— Ok. Então o que aconteceu?— Leila deixou o marido cerca de três meses e fugiu com um cara que foi morto em um acidente de carro há quatro semanas.— Oh.— O psiquiatra idiota deveria ter constatado isso, — ela diz, irritada. — O luto, é algo assim.Venha. — Ela estende a mão, e eu automaticamente coloco a minha na sua, antes de arrebatá-la de novo.
— Espere um minuto. Estávamos no meio de uma discussão, sobre nós.
Sobre ela, sua Sra. Robinson. O rosto de Marília endurece. — Ela não é minha Sra. Robinson. Podemos falar sobre isso em sua casa.— Eu não quero ir para casa. Eu quero cortar meu cabelo! — Eu grito. Se eu puder me concentrar apenas em uma coisa... Ela pega seu Blackberry no bolso novamente e disca um número. — Greta, Marília Mendonça. Eu quero Franco na minha casa em uma hora. Pergunte a Sra.Lincoln... Bom. — Ela coloca o telefone longe. — Ela está vindo.— Marília...! — Eu balbucio, exasperada.— Maiara, Leila está, obviamente, sofrendo um surto psicótico. Eu não sei se ela está atrás de mim ou de você, ou o quanto ela está preparada para ir. Nós vamos para a sua casa, pegar suas coisas, e você pode ficar comigo até que a tenhamos rastreado.— Por que eu iria querer fazer isso? — Para que eu possa mantê-la segura.— Mas...
Ela olha pra mim. — Você vai para o meu apartamento, nem que eu tenha que arrastá-la pelos cabelos. Eu fico de boca aberta... isso é inacreditável. Cinquenta Tons em Gloriosa Technicolor. — Eu acho que você está exagerando.— Eu não. Podemos continuar nossa discussão em meu apartamento. Venha.Cruzo os braços e olho para ela. Isto já foi longe demais.— Não, — eu afirmo teimosamente. Eu tenho que tomar uma posição.— Você pode caminhar ou eu posso carregá-la. Eu não me importo de
qualquer forma, Maiara.— Você não ousaria. — Eu faço uma cara feia para ela. Certamente ela não iria fazer uma cena na Segunda Avenida? Ela meio que sorri para mim, mas o sorriso não alcançou seus olhos.— Oh, querida, nós duas sabemos que, se você me desafiar, eu vou estar muito feliz em revidar.Nós nos olhamos zangadas, e de repente ela desce, abraça as minhas coxas e levanta-me. Antes que eu perceba, eu estou por cima do seu ombro.— Ponha-me no chão! — Eu grito. Oh, é bom gritar.Ela começa a caminhar a passos largos ao longo da Segunda Avenida, me ignorando. Segurando seu braço firmemente ao redor de minhas coxas, ela aperta
meu traseiro com a mão livre.
— Marília, — eu grito. As pessoas estão olhando. Poderia ser mais
humilhante? — Eu vou andar! Eu vou andar.Ela me coloca para baixo, e antes que ela mesma fique em pé, eu piso fora na direção do meu apartamento, fervendo, ignorando-a. Claro, ela está ao meu lado em alguns momentos, mas eu continuo a ignorando. O que eu vou fazer?
Estou tão irritada, mas eu nem tenho certeza se estou com raiva ainda, não muito.Enquanto faço meu caminho de volta para casa, faço uma lista mental:
1. Carregada nos ombros - inaceitável para qualquer pessoa com idade
superior a seis.
2. Levar-me ao salão de beleza que ela possui com a sua ex-amante - o
quão estúpida ela pode ser?
3. O mesmo lugar que levou suas submissas - mesma estupidez, duas
vezes.
4. Não perceber que esta era uma ideia ruim - e ela é supostamente um
cara brilhante.
5. Ter ex-namoradas loucas. - Posso culpá-la por isso? Estou tão furiosa,
sim, eu posso.
6. Saber o número da minha conta bancária - é simplesmente muito
estranho.
7. Comprar a SIP - ela tem mais dinheiro do que eu imaginava.8. Insistir para eu ficar com ela, a ameaça de Leila deve ser pior do que ela temia... ela não mencionou isso ontem.Oh não, então compreendo. Alguma coisa mudou. O que poderia ser? Eu paro e Marília para comigo.
— O que aconteceu? — Eu exijo.
Ea franze a testa. — O que você quer dizer? — Com a Leila.— Eu já lhe disse.— Não, você não disse. Há algo mais. Você não insistiu para que eu fosse para o seu apartamento ontem. Então o que aconteceu?Ela se mexe desconfortavelmente.— Marília! Diga-me! — Eu disparo.— Ela conseguiu obter uma licença de armas ontem.Oh merda. Eu olho para ela, piscando, e sinto o sangue abandonar meu rosto, enquanto eu absorvo esta notícia. Eu posso desmaiar. Suponhamos que ela
queira matá-la? Não. — Isso significa que ela pode simplesmente comprar uma arma, — eu sussurro.—Mai, — ela diz, sua voz está cheia de preocupação. Ela coloca as mãos
sobre meus ombros, puxando-me perto dela. — Eu não acho que ela vai fazer nada estúpido, mas, eu só não quero correr esse risco com você.
— Nem eu... com você? — eu sussurro.Ela franze a testa para mim, e eu envolvo meus braços ao redor dela e o abraço duro, o meu rosto contra seu peito. Ela não parece se importar.— Vamos voltar, — ela murmura, e ela se abaixa e beija o meu cabelo, e isso é tudo. Todo o meu furor se foi, mas não foi esquecido. Dissipado sob a ameaça de algum mal que vem para Marília. O pensamento é insuportável.Eu solenemente embalo uma pequena caixa e coloco o meu Mac, o Blackberry, o meu iPad, Charlie Tango vai na minha mochila.
— Charlie Tango vai, também? — Marília pergunta.Concordo com a cabeça e ela me dá um pequeno sorriso, indulgente. — Ethan estará de volta terça-feira, — Eu murmuro.
— Ethan? — O irmão de Maraisa. Ele vai ficar aqui até encontrar um lugar em Seattle.Marília olha para mim fixamente, mas noto um tom de frieza em seus olhos.— Bem, é bom que você ficar comigo. Dê-lhe mais espaço, — ela diz calmamente. — Eu não sei se ele tem as chaves. Vou precisar estar de volta para isso.Marília olha para mim, impassível, mas não diz nada.
— Isso é tudo.Ela agarra minha maleta, e dirigimo-nos para a porta. À medida que nós caminhamos para a parte traseira do edifício, para o estacionamento, eu percebo que estou olhando por cima do meu ombro. Eu não sei se estou paranoica, ou se
alguém realmente está me observando. Marília abre a porta do passageiro do Audi e olha para mim com expectativa.— Você vai entrar? — Ela pergunta.— Eu pensei que eu ia dirigir.— Não. Eu vou dirigir.
— Algo de errado com a minha forma de dirigir? Não me diga que você sabe qual foi minha pontuação no exame de condução... Eu não ficaria surpresa com suas tendências de bisbilhotar. — Talvez ela saiba que eu passei raspando no exame escrito.— Entre no carro, Maiara, — ela dispara, com raiva.— Ok. — Eu entro às pressas. Honestamente, você vai relaxar?
Talvez ela tenha o mesmo sentimento desconfortável, também. Alguma
sentinela escura está nos observando, uma morena pálida com olhos castanhos que tem uma estranha semelhança com sua mãe verdadeira e, possivelmente, uma arma de fogo escondida.

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