O Que Está Encomodando Você...

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bellissima Maiara!
Eu rio, um pouco envergonhada por sua familiaridade. Marília o acompanha até a porta de entrada e retorna momentos depois.— Estou feliz que você o manteve longo, — ela diz, enquanto caminha em minha direção, com os olhos brilhantes. Ela pega um fio entre os dedos.— Tão suave, — ela murmura, olhando para mim. — Você ainda está brava comigo? Concordo com a cabeça e ela sorri.— Com o que exatamente você está brava comigo? Reviro os olhos.
— Você quer a lista? —Há uma lista?
— Uma longa.— Podemos discutir isso na cama? — Não. — Eu faço beicinho para ela, infantilmente.— Durante o almoço, então. Estou com fome, e não apenas de comida, —ela me dá um sorriso lascivo. — Eu não vou deixar você me deslumbrar com o sua pericia sexual.Ela sufoca um sorriso.
— O que está incomodando você, especificamente, Srta. Carla?Desabafe. Ok. — O que está me incomodando? Bem, aí está a sua brutal invasão a minha privacidade, o fato de que você me levou a um lugar onde sua ex-amante trabalha e que você costumava levar todas as suas amantes para ter seus corpos depilados, você me tratou na rua como se eu tivesse seis anos idade e para coroar tudo, você deixou sua Sra. Robinson tocar em você! — Minha voz elevou-se a um crescendo. Ela levanta as sobrancelhas, e seu bom humor desaparece.— É uma lista muito grande. Mas só para esclarecer mais uma vez, ela não é minha Sra. Robinson.— Ela pode tocar em você, — eu repito. Ela aperta seus lábios.
— Ela sabe onde.— O que isso significa?Ela corre as duas mãos pelo seu cabelo e fecha os olhos brevemente, como se estivesse em busca de uma orientação divina. Ela engole em seco.— Você e eu não temos nenhuma regra. Eu nunca tive uma relação sem regras, e eu nunca sei onde você vai me tocar. Deixa-me nervosa. Seu toque completamente... — Ela para, procurando as palavras. — Significa apenas mais... muito mais. Mais? Sua resposta é completamente inesperada, me chocando, me abalando, e há essa palavrinha com o grande significado pendurada entre nós novamente.
Meu toque significa... mais. Caralho. Como eu devo resistir quando ela diz isso? Os olhos de Mendonça buscam os meus, observando, apreensiva.
Timidamente eu estendo a mão e a apreensão muda para alarme. Marília se move para trás e eu solto a minha mão.— Limite duro, — ela sussurra urgentemente, com um doloroso olhar de pânico em seu rosto.
Eu não posso evitar, mas sinto uma decepção esmagadora. — Como você se sentiria se você não pudesse me tocar? — Devastada e privada, — ela diz imediatamente.Oh, minha Cinquenta Tons. Balançando a cabeça, eu ofereço-lhe um sorriso pequeno, reconfortante e ela relaxa.— Você tem que me dizer exatamente porque este é um limite rígido, um dia, por favor. — Um dia, — ela murmura e parece sair fora de sua vulnerabilidade por
um nanosegundo. Como ela pode mudar tão rapidamente? Ela é a pessoa mais inconstante que eu conheço.— Então, o resto de sua lista. Invadindo sua privacidade. — Sua boca torce quando ela contempla isso. — Como eu sei o seu número de conta bancária? — Sim, isso é ultrajante.
— Eu faço verificações sobre os antecedentes de todas as minhas
submissas. Eu vou te mostrar. — Ela se vira e se dirige para seu estúdio.
Eu a sigo, atordoada. De um armário trancado, el puxa uma pasta de documentos. Digitado na guia: MAIARA CARLA.Puta merda. Eu olho para ela. Ela encolhe os ombros se desculpando. — Você pode ficar com ele, — ela diz calmamente.— Puxa, obrigada, — eu disparo. Eu folheio o conteúdo. Ela tem uma cópia da minha certidão de nascimento, do meu seguro de saúde, dos meus limites duros, o contrato de NDA – caramba - meu número de seguro social, meu currículo, registros de empregos.— Então você sabia que eu trabalhava no Clayton? — Sim.
— Não foi uma coincidência. Você não entrou apenas para comprar?— Não.
Eu não sei se devia estar com raiva ou lisonjeada.— Isto é foda. Você sabe disso?— Eu não vejo isso dessa forma. No que eu faço, eu tenho que ser
cuidadosa.— Mas isso é assunto privado.— Eu não uso indevidamente as informações. Qualquer um pode obtê-las se tiver a metade de um cérebro, Maiara. Para ter controle, eu preciso informações. É como sempre funcionou comigo. — Ela olha para mim, sua expressão é guardada e ilegível.— Você não abusa da informação. Você depositou vinte e quatro mil dólares, que eu não queria, na minha conta.Sua boca aperta em uma linha dura. — Eu disse a você. Isso é o que Taylor conseguiu pelo o seu carro. Inacreditável, eu sei, mas foi.— Mas o Audi...— Maiara, você tem alguma ideia de quanto dinheiro eu faço?Eu coro, claro que não.
— Por que deveria? Eu não preciso saber sobre sua conta bancária, Marília.Seus olhos suavizam.
— Eu sei. Essa é uma das coisas que eu amo sobre você.Eu olho para ela, chocada. Ama sobre mim?— Maiara, eu ganho cerca de cem mil dólares por hora.Minha boca cai. Essa é uma quantia obscena de dinheiro.— Vinte e quatro mil dólares não é nada. O carro, os livros de Tess, as roupas, isso não é nada. — Sua voz é suave.Eu olho para ela. Ela realmente não tem ideia. Extraordinária.— Se você fosse eu, como você se sentiria sobre essa... generosidade na sua vida? — Eu pergunto.Ela olha para mim inexpressivamente, e lá está ela, seu problema em uma máscara de noz, empatia ou a falta dela. O silêncio se estende entre nós. Finalmente, ela encolhe os ombros. — Eu não sei, — ela diz, e ela parece genuinamente confusa.Meu coração se entusiasma. Isto é, a essência do seus Cinquenta Tons,com certeza. Ela não pode se colocar no meu lugar. Bem, agora eu sei.— Eu não me sinto ótima. Quero dizer, você é muito generosa, mas me deixa desconfortável. Eu já lhe disse isso várias vezes.Ela suspira. — Eu quero te dar o mundo, Maiara.— Eu só quero você, Marília. Não todos os adicionais.— Eles são parte do trato. Parte do que eu sou.Oh, isso não está levando a lugar nenhum.— Podemos comer? — Eu pergunto. A tensão entre agente é drenada. Ela franze a testa.
— Claro.— Eu vou cozinhar.— Ótimo. Caso contrário, não há comida na geladeira.— Sra. Jones está fora nos fins de semana? Então você come comida fria na maioria dos fins de semana?— Não.— Ah? Ela suspira.
— Minhas submissas cozinhavam, Maiara.— Oh, é claro. — Eu coro. Como pude ser tão estúpida? Eu sorrio docemente para ela. — O que a Senhora gosta de comer?Ela sorriu.
— Qualquer coisa que a Senhora puder preparar,—ela diz sombriamente.Inspeciono o conteúdo impressionante da geladeira, decido por um omelete espanhol. Há batatas frias, perfeito. É rápido e fácil. Marília ainda está em seu estúdio, sem dúvida, invadindo a privacidade de algum pobre tolo inocente e compilando informações. O pensamento é desagradável e deixa um gosto amargo na minha boca. Minha mente está se recuperando. Ela realmente não conhece limites.
Eu preciso de música, se eu vou cozinhar, e eu vou cozinhar insubordinadamente! Ando até o rack do iPod ao lado da lareira e pego o iPod de Marília. Aposto que há mais opções de Leila por aqui, temo a própria ideia. Onde ela está? Eu me pergunto. O que ela quer?Eu tremo. Que legado. Eu não vou perder meu tempo pensando nisso.Eu percorro a extensa lista. Eu quero algo otimista. Hmm, Beyoncé, não soa como do gosto de Marília. Crazy in Love. Ah, sim! Bem adequado. Eu aperto o botão de repetição e coloco-o em voz alta.Eu retorno para a cozinha e encontro uma tigela, eu abro a geladeira e tiro os ovos. Eu abro os ovos e começo mexer, dançando o tempo todo.Invadindo a geladeira mais uma vez, eu reúno batata, presunto,e... Sim! Ervilhas congeladas. Tudo isso vai servir. Encontro uma frigideira, coloco-a sobre o fogão, despejo um pouco de azeite e volto a bater.Sem empatia, eu devaneio. É só com Marília? Talvez todos as mulheres sejam assim, confusas. Eu simplesmente não sei. Talvez não seja uma revelação.Gostaria que Maraisa estivesse em casa, ela saberia. Ela está em Barbados por muito tempo. Ela devia estar de volta no final da semana, depois de suas férias
adicionais com Elliot. Gostaria de saber se ainda existe aquele desejo forte entre

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