VOLUME X

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Na vastidão desolada da Zona de Confinamento Industrial, está penitenciária dos Estados Unidos. O complexo, cercado por arranha-céus sombrios e letreiros holográficos, era feito de aço, vidro blindado e concreto, todos desgastados pelo tempo. Torres de vigilância, equipadas com câmeras e sensores de alta tecnologia, escaneavam incessantemente cada movimento, enquanto drones sobrevoavam os corredores como moscas metálicas.

Nos muros altos e eletrificados, neons pulsantes exibiam mensagens subliminares, mantendo os prisioneiros em constante vigilância e controle. Dentro das paredes da Fortaleza, os detentos eram tratados como dados em um sistema interligado, monitorados por implantes que rastreavam sinais vitais e pensamentos suspeitos. As celas, pequenos cubículos iluminados por luzes azuis, abrigavam seres desumanizados pelo peso das algemas tecnológicas e das rotinas automatizadas. Cada movimento era controlado, cada palavra vigiada, num balé sinistro comandado por uma inteligência artificial impiedosa.

Ao longe, nos céus contaminados, os vislumbres ocasionais de naves de transporte e anúncios digitais lembravam aos prisioneiros que a sociedade continuava avançando, indiferente às suas existências esquecidas. Na Fortaleza de Neon, o futuro distópico se revelava em toda sua glória implacável, um reflexo sombrio de um mundo onde a liberdade havia sido consumida pelas luzes artificiais do progresso desenfreado.

O refeitório da Fortaleza de Neon era um espaço amplo e sombrio, iluminado por luzes frias de neon que lançavam um brilho azulado sobre o ambiente. Mesas de metal alinhadas em filas ordenadas, e cadeiras parafusadas no chão, compunham um cenário rígido e opressor. As paredes, marcadas por grafites digitais e arranhões, testemunhavam o desespero e a violência cotidiana.No meio do refeitório, uma briga intensa se desenrolava. Dois prisioneiros se enfrentavam: um deles, alto e musculoso, com cicatrizes que contavam histórias de inúmeras batalhas; o outro, menor e mais ágil, mas claramente em desvantagem. Gritos e apostas ecoavam pelo salão, enquanto os guardas observavam de longe, indiferentes.

O prisioneiro maior avançou com força brutal, agarrando o oponente menor pelo colarinho e o levantando do chão. Com um movimento rápido e violento, o lançou contra a mesa mais próxima, que estremeceu sob o impacto. O adversário menor tentou se levantar, mas uma série de socos precisos o mantiveram no chão, incapaz de reagir.

"Quem é o próximo!?" -olhando ao redor com olhos fervilhando de fúria e desafio. A multidão de prisioneiros, que antes assistia com excitação, deu um passo para trás em uníssono, reconhecendo a supremacia do combatente. O silêncio pesado que se seguiu deixou claro que ninguém estava disposto a enfrentar o novo rei do refeitório. Mas assim que o grande prisoneiro observa ao redor, no meio de uma das mesas, há um homem que possuía uma espécie de braço robótico cibernético, o que dentro de uma prisão isso é não é permitido, pois é o mesmo que dar uma arma de fogo para um prisoneiro dentro de uma prisão, e por puro interesse o campeão da penitenciária se aproxima do homem sentado.
- e aí garotão! Que belo brinquedo você tem aí! Heh, que tal dar ele pra mim e assim não teremos problemas hein!?

O homem apenas não diz nada, e continua comendo mesmo depois do prisoneiro grande ter dito isso. Por ter sido ignorado, o campeão se enfurece, e logo em seguida range os dentes de ódio pela ignorância do misterioso homem.
- por acaso você tá surdo seu miserável!? - ele disfere um soco direcionado para a nuca do estranho.

Antes que o punho dele encoste na cabeça de seu alvo, o estranho rapidamente vira a cabeça para a lateral num grande desvio, e o grande prisoneiro acerta em cheio sua mão numa faca de cozinha que perfura seu punho facilmente o fazendo gritar de uma dor intensa e descomunal.

Overhazard Neo Cosmic (Novel Oficial) Onde histórias criam vida. Descubra agora