- luto por S/n -

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Acordo pela manhã sentindo o sol bater em meu rosto, me viro na cama e estou sozinha...lembro da noite de ontem e mordo os lábios sutilmente.

--acordou...tem café na cozinha! -Tom diz entrando no quarto procurando sua jaqueta.

--como está sua ferida? -pergunto me levantando e colocando sua camisa novamente.

--vai melhorar, vou até a Itália, descobri o que seu avô quer. -Tom diz colocando uma arma na cintura.

--vou com você! -digo.

--não vai! Fica aqui e treina, descansa, sei la... um livro. Não se mete. -Tom responde friamente.

--porque está se metendo nisso, preciso voltar! -digo me aproximando dele.

--você morta gheta, faz uma semana que sumiu...seu avô tomou seu lugar na família, estão de luto por você! -Tom responde.

--que...mas, mas você disse que iria avisá-los! Você mentiu...-digo confusa.

--não tive tempo! Agora é tarde demais, precisa confiar em mim, vou ver o que acontecendo e ver se seu irmão bastardo bem. -Tom diz saindo do quarto.

--espera! -digo segurando seu braço. --eu não vou ficar presa na mesma casa que seu pai enquanto você se mete nas coisas da minha família Tom! -digo sentindo minha voz trêmula.

--ok... que prefere sair daqui!

>horas depois<

--Não! O que ela faz aqui?! -Bill questiona nos vendo descer do carro.

--vai ficar aqui por umas horas. -Tom diz entrando novamente no carro.

--não mesmo! Tom! -digo brava tentando abrir a porta do carro, mas é inútil, ele havia trancado por dentro, deu partida fazendo a maior poeira na rua, reviro os olhos e nem acreditava que ele me tirou do inferno pra me jogar na sela do diabo!

--porque você está sempre no caminho?! -bill pergunta entrando pra dento de sua casa, reviro meus olhos e o sigo. Me sento no sofá e cruzo meus braços, ali fico por um bom tempo...sem falar sequer uma palavra!
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Tom:

Após deixar a Sn na casa do Bill, vou pro aeroporto. Ficaria uns três dias fora, mas logo voltaria pra tirar ela dali. Naquele momento em que vi segurando a faca prestes a apunhalar o peito do meu pai, imaginei diversas formas de parecer um acidente para não ter que matá-la, apontar uma arma pra ela me deixava mais ferido do que levar um tiro...das piores torturas que ela poderia me causar, amá-la seria suicídio. Estaria comprando uma briga inexplicável, somente para tê-la comigo...não posso demonstrar fraqueza na sua presença, ela não me tem nas mãos, pelo menos é o que preciso me convencer!

Chego na casa gheta e fico vigiando, é tudo tão silencioso, são discretos independente do líder que estiver a frente...mas porque o próprio vô tiraria a vida da neta, poderia tentar matar qualquer um...mas justo ela! Que me derruba com o olhar...

Vejo alguns homens sair pelos portões, entre eles o cão de guarda da Sn...Saul! Jogo uma pequena pedra em sua direção, chamando sua atenção. Ele caminha até as árvores que levavam a escura floresta, o puxo para um dos cantos fazendo sinal para não gritar ou chamar atenção.

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