abrindo o jogo.

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--S/n...é você mesmo? -Ouço a voz sensível, mas grave...aquela voz inconfundível. Sinto meus olhos lacrimejando, respiro fundo e engulo seco.

--Oi Tom, podemos conversar? -pergunto com a voz trêmula, só queria correr e abraçá-lo, ouvir tudo sobre ele e saul, poder contar tudo.

--tenho algo mais importante pra resolver agora. -Tom diz indo para um caminho oposto, sua voz muda drasticamente, fria e seca.

--Saul está com os tríade, por favor...vem comigo, vou contar tudo o que aconteceu...depois que morri. -digo entrando no carro, coloco as mãos no volante e o aperto, Tom estava parado me encarando, mas acaba cedendo e entrando no carro.

Fomos para a casa da mafia, onde todos morávamos, era como um condomínio, ou até mesmo uma cidade própria do naka. Cada um tinha sua casa, e no meio ficava a Sede, onde a gang se reunia e bolava as missões e planos.

Fomos o caminho todo em silêncio, Tom estava sentando no banco de trás, provavelmente sua maior dúvida era Luk sentado ao meu lado...passamos os portões de segurança e pelo retrovisor via a expressão de tom, confuso e até mesmo surpreso com o lugar. É tudo tão limpo e organizado no Japão, mas aqui em específico, é a melhor parte de todo o Japão...limpeza, organização, silêncio...Bom, era casa dos Yakuza...

--Luk, leve o tom até minha sala...vou falar com o Naka. -Digo descendo do carro. Ainda sentia o maior desconforto da minha vida.

Tom suspira de forma irônica, queria respostas o quanto antes e estava incrédulo com toda situação, desce do carro e bate a porta, segue luk, mas mantendo uma distância, devia estar bravo com ele também.

--Disse que a missão foi bem sucedida...-Naka diz assim que entro na sala dele.

--Tirei eles do nosso caminho, a Van estava com um carregamento de explosivos, não eram os dispositivos...queriam mentir pra me pegar. -respondo colocando as mãos para trás.

--não falo sobre isso, digo sobre o garoto que está amarrado fora. -Naka diz se virando para janela, sinto um frio na barriga e caminho até a janela, Raul preso com os braços abertos, amarrado em um palanque.

--Droga...Senhor Nakamura, não finalizei a missão porque, não posso matar aquele garoto. -Digo me abaixando no chão, curvando minha cabeça, sinal de respeito no Japão.

--isso eu notei...mas porque? -Naka diz colocando a mao em minha cabeça, para me levantar.

--é meu irmão! O pai do meu filho está na minha sala, levaram o garoto...ele estava no bairro sem lei, onde você não protege, acho que tríade o pegou. -Digo me levantando.

--Hum...de novo esse papo de irmão...-Ele diz puxando o telefone da mesa, coloca no ouvido e fala algo em japonês que não entendo. --se eu der alguns homens para você proteger seu filho, o que ganho? -Ele diz, olho pela janela e vejo homens soltando Raul e o levando para algum lugar.

--Não quero seus homens, quero apenas sua autorização para invadir o comando da China. -Digo tomando a postura novamente, com as mãos para trás.

--Meus?...estão sob seu comando! -Naka diz, já havia entendido.

--Quando aceitei fazer a tatuagem...aceitei entrar para a yakuza Naka...não irei trair os quatro anos que construímos. Me armamento e autorização, quando eu voltar, continuo os negócios. -Digo, ele analisa a situação alguns segundos.

--Veio para pagar uma divida...porque quer que eu acredite que continuará aqui? -Naka pergunta.

--Não sou burra, trair a maior organização criminosa que existiu? Nem eu seria capaz de tal loucura. Minha família está aqui, ha grande chance de me rejeitar...-Digo com a voz trêmula.

--ora essa tokio...seu avô traiu, e a organização que está abaixo sabe de onde vem não é?! Todos que confiaram em você foram passados para trás, porque acha que confiaria?! -ele diz segurando meu rosto com sua mão, apertando meu maxilar.

--Porque nem por todos eu mataria o chefe da tríade...-Digo com dificuldade, suas pupilas dilatam e ele enfraquece a mão, então empurro a sua mão do meu rosto e mecho o maxilar.

--Para isso quer apenas armamento? -Ele diz se afastando.

--Sim...se tudo der certo, minha equipe está na minha sala. -Digo.

--Resolva seus problemas primeiro, vou infiltrar alguns homens na China e garantir a vida do seu filho, mas, me diga tokio...isso foi uma promessa? -naka pergunta, sinto um calafrio...não deveria, mas confirmei. Agora se não cumprir...pagarei com a vida.

Saio da sala dele com a mao em meu rosto, ele era forte...caminho até minha sala e abro a porta, lá vejo sentados, Tom, Raul e luk...um segurança ao lado da porta. Todos me olham, por dentro só queria sumir de verdade...parecia mais difícil voltar do que quando fui embora.

--Senhorita kio...trouxemos o garoto como solicitado. -O segurança fala, eu apenas mando sair com um sianl.

--"senhorita kio"...a brincadeira embaixo era por ordem sua? -Raul fala sendo sarcástico, sua boca sangrava.

Apenas fico em silêncio.

--Tokyo...yakuza...kio...uma katana na parede. -Tom diz sentando com os braços cruzados...e aquela expressão que me dá arrepios...seu olhar maldoso e vingativo.

--é uma nagamaki...-Digo caminhando até minha mesa e me escorando. Tom revira os olhos. --o que querem saber? -pergunto respirando fundo.

--O QUE QUEREMOS SABER? QUEREMOS? -Raul diz irritado, se levantando da cadeira e partindo pra cima de mim, no mesmo momento entra na sala 3 homens com espadas afiadas.

--Não! Parem, saiam! -digo passando para frente de Raul, eles concordam e saem da sala. Tom se senta novamente, havia levantado e sacado uma arma, em frações de segundos...--Sei que estão confusos, bravos, me odiando...mas nao tentem atacar a subchefe da yakuza...iria morrer após pensar em me machucar...-Digo olhando para Raul.

--Achei que fosse primeira comandante...-Raul diz se sentando

--Era...a três meses atrás, sua ficha está muito desatualizada Raul. Aqui não é igual o continente europeu...eles não ameaçam e nem perguntam...matam primeiro. -Digo me sentando novamente.

--S/n começa do começo...quem atirou em você? Como fugiu de um caixão parafusado? Porque não voltou?...porque...-Tom diz irritado.

--Ok....ok, luk cai fora, peça pra que ninguém entre, independente do que ouvirem. -Digo e luk apenas concorda com a cabeça, saindo da sala.

Tantas coisas que nem sei por onde começar...

--...luk atirou em mim aquele dia! -começo a contar e já vejo a expressão de raiva em ambos.

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