Reencontro

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Após uns trinta minutos sobrevoando a cidade, paramos no prédio e então descemos. Bill pega um alicate gigante e corta o cadeado e as correntes.

--Podia ter feito isso antes! -Digo mexendo no meu maxilar.

--Hum...acho que não! -Bill diz sorrindo.

--Cade seu irmão? -pergunto olhando para os lados.

--com o seu! De última hora ele decidiu não ajudar...toma, sua fantasia para essa noite. A chave do apartamento e celular. fiz minha parte, te vejo daqui algumas horas gheta...-Bill diz largando as coisas na minha mão e entrando no helicóptero novamente.

--Que isso? Capa preta...foice? Sério...ceifador? Argh...- digo olhando as coisas.

--Divirta-se...chefe! -bill diz ainda relutente sobre minha posição sobre os kaulitz! Mas, que seja um cão bravo...mas que cumpre todas ordens!

Desço para o hotel e vou direto paro o chuveiro, tomo banho e a sensação de estar fora daquele lugar acinzentado e com cheiro de mofo é confortante. Suspiro com um sorriso gratificante, tudo dando certo. Todos meus planos são perfeitos e sem falhas. Finalmente completei dezoito anos, meu próximo passo será realizado já já, essa sensação de fazer aniversário no halloween, me deixa mais feliz ainda. Ser uma em um milhão...termino o banho e vou até o quarto, pego a fantasia e a visto...uma capa justa ao meu corpo, mas o gorro era enorme e tapava meu rosto...até que ele não mandou tão mal. Para na janela observando o movimento das ruas, as pessoas estão começando a sair para doces ou travessuras...tá quase na hora.

Ouço um barulho na porta, sinto um frio na barriga inexplicável, tudo bem que estava ansiosa para ver o tom, mas não nessa intensidade! Seguro minhas emoções e espero ele entrar, ainda olhando através da janela para não deixar passar nada.

--uau...ficou melhor em você do que em mim! -Tom diz sorrindo, então me viro e o vejo, suas roupas eram iguais as minhas, porém largas.

--Nada mal...-Digo sorrindo.
Ficamos nos olhando por alguns segundos, dava pra sentir a eletricidade de nossos corpos nos implorando para tocá-los, mas não éramos assim...

--Gheta! -Raul diz sorrindo caminhando até mim e me abraçando. Eu o acolho nos braços e sinto um alívio maior ainda em vê-lo, bem...vivo!

--o que vamos fazer...chefe! -Tom diz mordendo os lábios sutilmente, era mais sarcástico do que objetivo.

--Não me chamar assim seria um bom começo...estou esperando uma ligação, depois vamos nos misturar. -Digo cruzando os braços.

Tom apenas me olha de cima a baixo com um olhar encantador e sai do quarto, me sinto sem ar...memórias de dias com ele me vem a cabeça, seu rosto próximo ao meu, seus lábios nos meus, suas mãos percorrendo meu corpo...não é como se eu estivesse apaixonada por ele, eu acho...

Passou quinze minutos e então recebo a ligação. Tom estava com Raul no outro quarto, me escorei na porta e fiquei olhando Tom ajudar ele com uma arma, era como ver um pai ensinar o filho a andar de bicicleta, parece que eles criaram uma relação forte enquanto estive fora.

--Tom, posso falar com você? -Digo chamando sua atenção, ele larga a arma com Raul me segue até o outro quarto.

--Da última vez que quis conversar comigo, tentou me afastar a todo custo. -Ele diz se sentando na cama, eu sorrio de uma forma sem graça..lembrando de tudo que disse a ele.

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