- Gheta -

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Fiquei o resto do dia no quarto, deitada olhando para o teto, já me sentia melhor, muito melhor pra ser exata. Estava inquieta demais pra continuar ali. Decidi tomar um banho para relaxar, só precisava achar o banheiro nessa casa. Pego um toalha que estava na cadeira e umas peças de roupas, camisas do tom...

Já são quase meia noite e nada dele voltar, estou entediada, já caminhei de um lado para o outro, me exercitei, tomei banho, mas porque ele ainda não voltou!

As horas iam passando e já eram duas da manhã...fui até a cozinha e enquanto encarava a geladeira ouço um barulho no segundo andar.

--Tom?... -pergunto fechando a geladeira lentamente. Não obtenho respostas, se aqui era o lugar mais seguro de se estar ninguém conseguiria entrar...já deve ser alguém aqui.

Será que...ele não seria tão estúpido, essa casa...grande, silenciosa...

Pego uma faca que estava no faqueiro em cima da bancada, caminho lentamente saindo da cozinha para a sala, minha mão estava trêmula e minha garganta seca, porque estava tão tensa?...não é como se fossemos melhores amigos so porque ele me ajudou, ainda tenho planos e ele não está como aliado neles!

Paro em frente a escada e observo atentamente, os degraus iam sumindo na escuridão da parte de cima, coloco o pé no primeiro degrau e o alarme é ativado, após um tempo raciocinando, consigo desativá-lo pelos fios. Subo para o segundo andar e sentia um vazio enorme dentro de mim, parecia que iria ver assombração...várias portas fechadas, mas uma estava com a luz acesa, podia ver os raios brancos saindo por baixo da porta. Coloco a mão na maçaneta e começo a girar, tão de vagar que sentia meu coração preso na garganta...

--você... -digo com a voz trêmula olhando o homem deitado na cama, de repente um silêncio ensurdecedor, flashes da minha infância e do meu pai sendo assassinado pairam sobre mim, minha mão trêmula fica firme e com raiva aperto mais o cabo da faca, dando passos lentos até sua cama, ergo a faca para cravar em seu coração, seus olhos fixos aos meus sem dizer uma palavra, demonstrar arrependimento ou medo...nada! Um homem vazio! --Porque...O que você ganhou com aquilo? -pergunto sentindo minhas lágrimas caírem em sua cama, ainda segurando a faca para finalmente matá-lo.

--S/n...você cresceu tanto, se tornou uma mulher incrível como seu pai era. -jörg responde com um sorriso enfraquecido em seu rosto, sentindo meus dentes trincarem, coloco a faca em seu pescoço, lembranças não param de vir em minha mente, fico entre a realidade e a alucinação.

Flashback

Sn: o que eu faço...

Bryan: nada...você não precisa fazer nada!

Na mesma noite  (ouvindo atrás da porta)

Saul: contou pra sn que irá ser assassinado? Bryan...enloqueceu?

Bryan: o eco está mexendo com nossas cabeças saul, jörg cairá na manipulação dele...sei que tem quinze anos, mas você precisa proteger a sn pra sempre. E mais importante chamá-la de gheta, eco não pode saber que ela nasceu...

Saul: o que eu faço com jörg?

Bryan: nada! Seja a nova era com a gheta e faça por vocês...eu e jörg seremos passado.

Saul: vou cuidar dela como se fosse minha irmã!
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--Droga pai sai da minha cabeça! -grito jogando a faca longe, que por alguns centímetros crava na parede ao invés de pegar no tom que estava parado na porta com uma arma apontada para mim, suas mãos tremiam, como se estivesse sendo obrigado a ter que escolher entre duas pessoas.

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