A decisão

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--S/n baixa a porra da arma! -Tom diz irritado.

--Não! -Digo sem tirar os olhos de Bill, engatilhando a arma.

--S/n!! -Tom repete, mas eu não obedeço novamente, sentia meu olho tremer de raiva, o sangue ferver, aquela sensação novamente de torturar o psicológico de alguém e depois matá-lo...mas, tinha que ser justo o irmão do cara que eu amo.

--Atira...depois veja o mundo cair aos seus pés. -Bill diz com a cara de choro.

--o mundo se curva aos meus pés...seu choro falso não vai me fazer pensar de novo. Georg está atrás do Raul Tom! -Digo ainda segurando a arma firme em direção ao Bill.

--Amor, eu resolvo isso e você vai atrás do seu irmão. -Tom diz com a voz suave, mas sentia sua preocupação.

--Raul sabe o que fazer, está levando o georg para uma emboscada. Por dois meses fiquei mandando para um "falso georg" mensagens que demonstravam que ele era tudo que eu tinha...Os krullers ainda pensavam que Luk estava ao lado deles...então luk sempre mostrava tudo para eles. Vão se vingar de mim, matando quem eu mais amo, ou quem pelo menos fingi ser.-Digo para eles, Tom fica tentando processar as informações e decidir de que lado ficar.  --não tem como me anganar, mentir ou roubar! Sempre sei de tudo antes mesmo que vocês planejem...Georg era um inútil e você Bill, tinha tudo para ser meu braço direito, mas inveja e rancor tornou você um fraco. Fingindo ser a vítima na frente do seu irmão...Vai contar a ele que apontou uma arma para o filho dele?...ou que minha testa sangra por sua causa? -finalizo.

--Bill que merda você fazendo? -Tom caminha até ele segurando pela sua gola da blusa.

--Nada Tom! Eles me ameaçaram, disseram que se eu não fizesse iriam me matar...-Bill diz assustado.

--Fala a verdade!! -Tom diz puxando mais sua blusa.

--argh você é idiota! Sabe que nunca vai desfrutar nada além de interesse nessa relação! -Bill diz, mas Tom o joga contra a parede.

--Vou deixar vocês se entenderem...-Digo saindo da sala, voltando para o Cassino.

Todos ainda se divertiam normalmente, como se nada tivesse acontecendo.

--Muito bem gustav...ganhou uma promoção. -Digo me sentando sentando lado dele.

--Gheta...você você falou nada sobre mim não é? -Ele pergunta preocupado.

--Não se preocupe, ninguém vai saber que dedurou o planinho mirabolante do Bill...-Digo sorrindo gentilmente.

--o que aconteceu?-ele pergunta.

--Tom ficou pra resolver...então sabemos que não vai acontecer nad-...  --sinto meu ar travar, junto de um disparo de arma. Ouço grito e pessoas correndo, outros puxando a arma e se protegendo, sentada na cadeira fico imóvel...meus olhos paralisados se enchiam de lágrimas, sentia meu vestido molhar aos poucos, um zumbido no ouvido, deixo o ar sair lentamente...olho para baixo, o vestido que era dourado estava aos poucos vermelho, um tiro na barriga...

--Droga!! GHETA! GHETA fala comigo. -Gustav dizia segurando meus ombros, mas eu não escutava mais.

Conseguia soltar o ar, mas trazê-lo de volta era impossível, meus olhos perdidos olham para todos lados, vejo um homem de capuz no canto do cassino, ele tira e sorri, sinto o mesmo calafrio de ver Eco em minha frente...o homem põe o capuz novamente e some em meio a multidão.

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--ouviu isso?-Bill diz se levantando do chão, limpando a sua boca que sangrava. Tom havia acertado seu rosto algumas vezes.

--é óbvio que eu ouvi! Quem mais está ? -Tom pergunta carregando sua arma.

--Eu queria derrubar a S/n sim Tom...mas, era somente eu, não chamei ninguém pra matá-la ou causar no cassino. -Bill diz com sinceridade.

--ao menos que o plano tenha dado errado...-Tom diz preocupado.

--achei que os planos nunca falhavam...-Bill diz se arrumando.

--Ao menos que tivesse alguém inesperado! -Tom diz saindo às pressas da sala para o Cassino.

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Ainda imóvel, vejo Tom se aproximar as pressas, seus olhos jamais esteve tão apavorados nesse tempo que estive junto dele.

--Tom precisa tirá-la daqui! Não sabemos de onde veio o disparo, vamos proteger o lugar, vai vai vai! -Gustav diz apontando a arma para os lugares escuros do cassino.

Sua voz aflita foi a última coisa que escutei, depois apaguei. Senti meu sangue se esvair as pressas de meu corpo, podia ouvir o choro do meu filho...a culpa sobre isso ter acontecido com ele muito antes dele saber o que é o mundo...a vida que me envolvi que agora, tomaria meu filho de mim...

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>Tom<

Dirijo o carro rapidamente, furando sinais, atravessando em meio carros, sentia meu coração desparado, Sn estava no banco de trás desmaiada, sua barriga sangrava e só conseguia pensar no meu filho! Após uns dez minutos dirigindo, paro na frente da porta do hospital, seguranças e enfermeiras vem com uma maca olhando minha roupa que estava cheia de sangue. Retiro a Sn do banco e segurando ela em meus braços peço por ajuda.

-- tudo bem, o que foi? Briga em casa? Acidente? -A enfermeira pergunta enquanto prepara ela na maca, leva do para dentro do hospital.

--Não! Ela levou um tiro, grávida de cinco meses...tem 18 anos, S/n Ndrangheta, faz alguma coisa rápido-Digo aflito.

-- Ndrangheta?...certo! Fique calmo, vamos levá-la pra sala de cirurgia. - a mulher diz empurrando a maca as pressas pelos corredores.

Me sento no banco e espero, passo a mão na cara diversas vezes...meus pensamentos eram sombrios, saber quem fez isso se tornaria minha prioridade! Mesmo que fosse meu irmão, eu o mataria! Me levanto e caminho de um lado para o outro...se passaram 2 horas...3...4...e nada de alguém dar notícias. O dia estava amanhecendo e eu já estava ficando irado.

--Senhor Tom...precisamos conversar! -O médico para em minha frente, seu semblante não era nada bom...

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