Capítulo 16

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Narração de Dominick

Segunda feira, 16 de março.

A forte dor de cabeça me desperta de manhã, e piora com o som do despertador. Estou deitada de bruços na cama. Dou um soco nele e ao me mover, sinto seu corpo parcialmente em cima do meu, que está nu. Oh, não...

Adam abraça minha cintura, murmurando algo incompreensível.

– Não levanta agora – ele resmunga.

Então me lembro do que fizemos na noite passada. Nossa... Intenso. Lento. Muito prazeroso.

Eu transei intensamente com Adam White. O vi perdendo o controle várias e várias vezes. Mas eu estava bêbada.

– Bom dia – ele murmura, dando beijos em minha nuca que me causam arrepios em toda a parte.

– Bom dia – murmuro, um tanto confusa.

Por que me sinto tão culpada? Eu não gosto de Adam?

Talvez seja pelo fato de eu ter bebido demais.

– Como se sente? – ele pergunta.

– Hm… cansada – murmuro. – Com dor de cabeça…

– Acho que você bebeu de mais – Adam murmura. – Desculpe. Acho que acabei de forçando…

– Não – murmuro. – Bem… eu bebi porque eu quis, certo?

– Estou falando do sexo, Nick – ele murmura e agora a sua mão está se deslocando mais para baixo, até minha perna.

– Como assim, me forçando? – pergunto. – Novamente, eu transei com você porque eu quis.

– Mas você estava bêbada – ele replica –, e agora sinto como se tivesse usado você. Eu estava enchendo a sua taça, lembra?

– Bem… mas isso não importa agora, certo? – pergunto, entrelaçando seus dedos aos meus e levando sua mão até minha cintura. – Transamos como a maioria dos casais de namorados faz. Se eu estava bêbada ou não, não importa e eu me lembro de ter negado nada. Pelo contrário, eu estava praticamente me esfregando em você.

– Pensando por esse lado… – Adam ri bem baixinho e volta a beijar minha nuca.

– Não era pra concordar – dou risada.

– Eu não disse nada – ele agora ri de verdade. Uma risada rouca e contagiante que me faz rir também. Então sinto seu nariz em minha nuca e logo em meu pescoço, e em minha nuca de novo, como se estivesse me fazendo carícias enquanto inala o meu cheiro. – Adoro o seu cheiro, sabia?

Sorrio.

– Disso eu não sabia – murmuro –, mas gostei de saber.

– Só que acho melhor eu levantar – ele resmunga.

– Por quê? – choramingo.

– Bem… eu saí mais cedo ontem – responde, voltando a beijar meu pescoço. – Vou fazer plantão hoje à noite.

– Poxa… se eu soubesse disso não teria pedido para que você saísse mais cedo – murmuro, virando meu rosto para observá-lo. Ele está com cara de sono. Os olhos quase se fechando. – Que horas você volta?

– De madrugada, provavelmente – ele murmura. – Então não me espere.

– Ok – suspiro e subo minha mão até seus cabelos bagunçados e aperto-os entre meus dedos. Macios. Adam se aproxima um pouco e me beija lentamente, chupando meus lábios algumas vezes.

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