XVIII

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Eu sai da cama quando tinha acabado de dar meio-dia. Tomei um banho, cuidei do meu machucado e me troquei antes de sair do meu quarto e ir procurar minha mãe.

S/n: Acordou, achei que estava doente, você geralmente é a primeira a se levantar. Aliás, feliz aniversário.

Me sentei ao lado dela e suspirei esfregando meus olhos.

S/n: Filha, o que foi?

Mari: Promete não contar pro meu pai?

S/n: Depende do que você me contar, tem coisas que eu preciso da ajuda dele para resolver, ainda mais quando é sobre você.

Mari: Mãe, é normal sentir culpa depois de... sabe, transar?

A expressão dela ficou mais suave assim que eu terminei de falar, não faço ideia do que ela estava imaginando que eu iria contar. Minha mãe colocou a xícara de volta na mesa e coçou a nuca.

S/n: Bem, é normal sentir isso, tristeza, e arrependimento, mas é passageiro na maioria das vezes. Por que? Você não gostou?

Mari: Não, eu gostei. Na verdade, foi ótimo... que depois que acabou, eu consegui chorar e me sentir mal. Como se tivesse cometido a maior atrocidade do mundo.

S/n: Tudo bem, filha. Como eu falei, isso é passageiro. Os hormônios ficam a flor da pele durante o sexo, não tem nada de errado em chorar.

Mari: O Bruce parecia tão chateado. Ele deve achar que a culpa foi dele. Ainda mais depois de todo o cuidado que ele teve na hora...

S/n: Oh, você fez com o Bruce?

Mari: Foi, eu me sinto mal justamente por isso, porque ele foi criado comigo... a senhora acha isso estranho? Quero dizer, não somos irmãos nem nada, mas isso soa estranho?

S/n: Olha, é sim um pouco estranho, mas vocês não são parentes e o Bruce é como um amigo de família, por assim dizer. E outra, o Tobirama e o Izuna são casados, ao mesmo tempo que o meu pai é sogro do Madara, ele também é cunhado. - Suspirou em meio a uma risadinha. - Não vejo problema algum vocês transarem, desde que usem camisinha, claro. Vocês usaram, não é?

Mari: Claro que usamos... mas isso vai levar muito tempo para ir embora? Eu acho que não consigo falar com o Bruce até me sentir melhor...

Laços de sangue (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora