XIX

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Aquela mulher me levou até uma sorveteira, onde o pai do Bruce estava. Ele me olhou da cabeça aos pés e pagou pelo sorvete deles dois.

-- Você não quer sorvete? - A mulher perguntou.

Mari: Não, estou cortando doces para perder peso.

-- Você quer sair voando ou coisa do tipo? É um sorvete, pega . - O homem disse.

-- Tudo bem, ela não precisa aceitar nada. Obrigada por vir conversar comigo, a propósito, eu me chamo Ava.

Mari: Eu não quero demorar muito nessa conversa, então se você puder ser rápida, eu agradeço.

-- Quem te educou assim? Não, nem responde, certeza que foi aquele homem horrível.

Mari: O "homem horrível" também me ensinou a dobrar ossos como se fossem papéis.

Ava: Por favor, vamos sentar e conversar, quero cinco minutos do seu tempo, Mari. Sabe, o nome que eu tinha te dado era Umeko, combinava bastante com você, mas Mari também é um nome lindo!

Mari: Você pode me chamar de Mariana.

-- Estou falando, ela é muito arrogante e sem educação.

Ava deu um tapa no ombro do homem e se sentou em um bando, me sentei um pouco afastada deles e cruzei minhas pernas.

Ava: Ok, acho que devo algumas explicações, vou resumir o máximo possível. Eu não te abandonei, nunca sequer havia pensando nisso, eu voltei em casa para buscar sua mamadeira.

Mari: Muito inteligente da sua parte deixar um bebê sozinho, devo admitir.

Ava: Você não entendeu, eu te deixei com o seu pai. Mas eu voltei e os dois tinham sumido. Eu te procurei, juro que procurei e te achei com aquela família, você cresceu tão rápido...

-- Literalmente. - O homem murmurou.

Ava: Você parecia tão feliz ao lado deles que eu não quis te arrancar daquele lugar, não queria ouvir o quão ruim eu tinha sido por perder você e lá no fundo, eu sabia que aquela mulher não iria te devolver para mim. Eu entendo que ela ficou sensível depois de perder um bebê, mas...

Laços de sangue (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora