XII

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Quando eu abri meus olhos, eu estava deitada em uma superfície um pouco dura que pinicava em minha pele. Olhei em volta e ergui meu corpo, minhas mãos estavam pressas por braceletes grossos, assim como as correntes... novamente eu estava em um porão amarrada.

Tobirama: Era óbvio que algo assim iria acontecer, vocês adotaram a menina sem nem sequer saber de onde ela veio. Talvez tivesse um motivo para que ela tenha sido abandonada quando bebê.

Madara: Você está se ouvindo, caralho!? Ela é a porra da sua neta, ela era um bebê! Como alguém iria saber do que ela seria capaz de fazer!?

Tobirama: Não interessa se ela é minha neta, eu a amo assim como amo os outro, mas você viu o que ela fez, você não sabe do que ela é capaz de fazer se aquilo acontecer de novo.

S/n: Não me interessa o que ela seja, eu adotei, eu cuidei dela a vida toda. Ela é minha filha, independente do que faz, fez ou ainda fará. A Mari não é uma ameaça, nós estávamos cuidando disso, por favor, uma chance a ela.

Tobirama: Isso aconteceu antes?- Ele falou alto. - A quanto tempo aquilo acontece?

Madara: Não é da sua conta.

S/n: Pai... isso acontece desde que ela tinha dez anos... mas ela era uma criança, não tinha controle de nada.

Tobirama: Aquilo que tem sede de sangue e come carne humana não é sua filha, aquilo é uma aberração! Vocês criaram ela junto aos seus filhos de sangue e sem medo de que um dia fossem acordar e ela tenha os matado, vocês tem merda na cabeça!?

Madara: Isso nunca iria acontecer, a Mari é uma boa garota, ela sempre foi obediente e nunca sequer cogitou machucar os irmãos.

S/n: Pai, você tem que entender que ela não é um monstro, ela é nossa filha, eu lutei para salvá-la e ela merece tanto quando eu estar aqui vivendo uma vida normal. Independente do que ela tenha, sempre será a porra de um membro dessa família.

Tobirama: Aquilo amarrada no porão não é sua filha, aquilo está com fome e está saindo aos poucos. AQUILO NO PORÃO É A PORRA DE UM MONSTRO!

Por um minuto tudo ficou em silêncio, até que eu ouvi o grito da minha mãe e o som de coisas quebrando, logo depois um grito do Izuna chamando pelo meu pai e outro do Hashirama chamando o Tobirama.

Laços de sangue (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora