Laços de sangue (Concluída)

XXV

Assim que saímos daquela ala, eu vi diversos corpos mutilados no chão, alguns até partidos ao meio em um corte perfeito.

Bruce: Meu Deus, Mari...

Mari: Não foi eu, mas é uma pena... agora estão frio, não tem mais gosto de nada. - Ela chutou um braço para o lado.

Mya me lançou um olhar preocupado e um tanto quanto raivoso, ela de fato, não conseguia confiar na Mari nesse momento.

Bruce passou Hana para Riki e pegou uma arma do chão, Seiji fez o mesmo, mas acabou puxando o gatilho e quase acertando a Mari, ela tomou a arma das mãos dele e a deu para Mya.

Seiji: Ah, qual é, como eu vou ajudar sem uma arma?

Bruce: Será melhor você desarmado, assim não acaba atirando nos seus amigos.

Seiji: Me dá uma chance, é a primeira vez que peguei nesse coisa!

Mari: Não. Vão por aí, eu quero fazer uma coisa.

Eijy: Mas nós não podemos... - Suspirei ao notar que ela já tinha sumido. - Não podemos ir sozinhos... porra, por que ela nunca escuta?

Mya: Só espero que ela não nos abandone, mesmo sendo uma ameaça, precisamos dela. - Ela admitiu.

Bruce: Vamos indo, vamos encontrá-la logo logo.

Conforme iamos andando pelo corredor, mais corpos aparecem, alguns ainda com vida, mas que não resistiram tanto. Seja o que for, é muito perigoso, talvez até mais do que a Mari.

Repentinamente, um alarme começou a tocar, a instalação foi tomada por uma luz vermelha e do autofalante saia uma voz bem ruim, quase difícil de entender.

"Celas abertas, as criaturas foram soltas."

Bruce: Fala sério que eles soltaram aquelas aberrações...

Mya: Será que é uma delas que matou todas essas pessoas?

Eijy: Provavelmente, então vamos tratar de não sermos vistos por essas coisas, é notável que as armas não fazem efeito.

Riki: Deveriam ser férias, simples férias! - Ele resmungou passando Hana para o irmão. - Mas não, tinha que ter um puta problema para que nós, simples adolescentes, tivéssemos que resolver.

Seiji: Estamos de boa se comparar com os outros, e só Deus sabe o que fizeram com a Mari... então cala a boca e para de reclamar.

Bruce: Falem mais baixo, seus moleques!

Mais a frente, nós avistamos a criatura que foi responsável pela chacina que passamos, aquilo era alguma mistura maluca de leão com gorila, e agora estava coberto de sangue e suas presas afiadas e longas pingavam saliva ensanguentada.