1- Business.

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Sejam bem vindos, amigos!

Boa leitura e beijo no coração de todos. 💚






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Himari Ozu pov.


- Misu, não posso ajudá-la com isso. — suspirei baixinho vendo minha amiga tossir mais uma vez.

- Preciso desse dinheiro, Himari. — murmurou rouca. – Nós duas sabemos que o aluguel vai vencer e você nem ao menos consegue pagar sua parte da dívida. — me encarou. – Prometo que esse cliente em específico não fará nada com você, ele sempre apenas conversa comigo por uma noite toda.

- E se ele for cruel e fizer algo comigo ? — perguntei insegura. – Posso te fazer qualquer outra coisa, Misu, mas isso...

Misu era minha melhor amiga, e de fato, eu faria qualquer outra coisa por ela.

Nos conhecemos no primeiro dia de escola no ensino médio, ela era forte, corajosa e linda. Já eu, usava óculos do dobro de tamanho de meu rosto e sempre contava com cabelos sobre meu rosto para evitar contato humano.

Em uma terça feira, Misu foi a última colocada no resultado do teste de matemática, e eu, a primeira, foi o que nos uniu. Ela pediu a minha ajuda, e juntas, no tapete da sala da casa da avó de Misu, construímos uma forte amizade.

Quando fui aprovada na universidade de Tóquio, Misu resolveu vir comigo, sua avó tinha falecido e não havia mais nada para ela em Osaka, nossa cidade natal.

Misu começou a vida em Tóquio, trabalhando como garçonete em um café, mas cedeu aos encantos de um cliente sugestivo e fez seu primeiro trabalho como acompanhante. Quando ela viu seu lucro mensal triplicar, sua vida se tornou completamente voltada ao período noturno.

Enquanto sua vida era a noite, a minha se concentrava completamente no dia. Eu era estagiária junior em uma empresa de investimentos há pouco tempo, vivendo uma rotina sistemática entre viver entregando cafés e me afundar em pilhas de contas matemáticas.

Misu e eu, dividíamos um pequeno apartamento um pouco afastado do centro, algo que sabíamos que conseguiríamos pagar com meu salário e que não fizesse Misu se desgastar demais com seus clientes.

Há algumas semanas, Misu adoeceu, e as contas médicas começaram a chegar para nós. Seu caso não era de risco, mas ela pouco aguentava andar ou ficar acordada por um dia todo. Sua pele ainda tinha algumas marcas vermelhas e ela ainda tossia, o que a impedia de trabalhar, e Misu não era a pessoa mais segura financeiramente que conhecíamos, não haviam economias.

Começamos a nos afundar em pequenas contas médicas, e agora, em nossos custos de vida que começavam a surgir, nos fazendo ter ideias loucas.

- Não acho que consigo, Misu. — suspirei, cabisbaixa. – Não sou interessante, não consigo nem ao menos conversar com um estranho e nunca beijei em minha vida...como isso pode dar certo ?

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