Cap. 24 - Um Plano Muito Ruim (Parte IV)

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Ela olha para mim e apenas -la assim tão perto me faz ficar tonta.

— Posso ver o resto? — Sua voz está misteriosa e bem sensual.

— Você precisa mesmo? — Conheço os meus limites e estou quase os ultrapassando bem rápido.

— Gostaria. Apenas pra conferir. Ainda me sinto responsável por você ter se machucado.

Mordo a parte de dentro da minha bochecha enquanto abro o botão da minha calça e abaixo o zíper. Tudo parece muito pesado. Sarah olhando para minhas mãos e eu me concentrando em seus cílios enquanto ela pisca devagar.

Desço a lateral do meu jeans, revelando o hematoma por inteiro, junto com a lateral da minha calcinha preta.

Sarah solta um suspiro e a encara por alguns segundos. Vejo quando engole a saliva, duas vezes, antes de ele falar alguma coisa.

— Bem, medicamente falando, é um hematoma e tanto.

A pele está bem arroxeada, com pontos amarelados sobre meu osso do quadril. Ela passa os dedos pelo hematoma e tenho que fechar os olhos e cerrar os dentes para me impedir de soltar um gemido de prazer.

— Está quente. A articulação dói?

Nada dói agora.

— Não. Só o músculo da coxa.

— Hum, hum. — Abro meus olhos. Ela move o polegar para minha coxa. — Aqui.
Ela a pressiona com gentileza e eu prendo a respiração.

— Sim. — A dor não é severa, mas lidar com a tontura que ela me causa, me faz ter que apoiar em seus ombros para manter o equilíbrio.

Ela segura meus quadris para me manter firme.

— Sinto muito. Você está bem?

— Sim. Ótima.

Só que não estou bem. Sarah me olha com uma sensação de necessidade que ameaça me arruinar e suas mãos são quentes e firmes e quero senti-las mais. Quero que ela tire minha calça e arranque minha calcinha e coloque sua boca mágica bem ali, naquele ponto onde estou mais excitada. Quero que perceba que cometeu um erro ao me deixar e largue sua noiva incrível, quebre os corações de suas fãs para satisfazer meu desejo egoísta. E me odeio por querer todas essas coisas, porque cada uma delas magoaria muitas pessoas e uma parte de mim está absolutamente tranquila quanto a isso.

— Ju. — Sarah está olhando para mim, seus olhos estão brilhando e seu queixo, resoluto. Me dou conta de suas mãos apertando e soltando meus quadris em um ritmo errático. Todos os lugares onde ela me toca faíscam e ficam quentes. — Você não pode olhar pra mim assim e esperar que eu respeite nosso pacto de amizade. Realmente não pode.

Prendo a respiração.

— Como estou olhando pra você?

— Como se quisesse montar no meu rosto. — Meus dedos se afundam em seus ombros e ela sussurra. — Você precisa parar ou juro por Deus, estou a três segundos de fazer isso acontecer. — Ela aperta os olhos. — Jurei ficar tranquila perto de você, mas todas as vezes que você fica assim tão próxima isso se torna mais e mais impossível.

Sem pensar, afasto o cabelo de seu rosto.

— Sarah...

Ela suspira e aceita meu carinho.

— Você não pode dizer meu nome assim. — Ela deixa a cabeça pender para trás. — Sério. Estou pendurada por um fio aqui.

Meu coração dá um salto quando ela me puxa para o meio de suas pernas e repousa sua testa na minha barriga. Seu hálito quente me dá arrepios e quando ela me enlaça, não consigo me impedir de abraçá-la.

Impiedoso Coração (Sariette G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora