Acordo na manhã seguinte para encontrar Sarah enroscada em mim como uma jiboia.
Tento me livrar dela, mas seus braços me apertam.
— Não. — diz ela, a voz sombria, com sono.
— Não o quê?
— Aonde quer que você pense que está indo, que não envolva ficar na cama comigo... Não.
— E se eu precisar ir ao banheiro?
— Segure.
Ela joga uma das pernas sobre mim.
— E se houver um incêndio?
— Tenho certeza de que os bombeiros de Nova York vão chegar aqui em tempo de nos salvar.
— Sarah... — Eu me contorço e antes mesmo de registrar que ela se mexeu, tenho minhas costas pressionadas contra o colchão e os punhos presos ao lado da cabeça.
Quando ela se acomoda entre minhas pernas, fico muito consciente de como estamos completamente nuas e como ela está impressionantemente dura.
— Juliette. — diz ela, em um tom perigoso. — Isso não está em discussão. Não acordei com você nos meus braços por quase seis anos. Não vou deixá-la ir embora tão cedo. Você pode aceitar ou vou ter que subjugar você. Entendeu?
— Defina "subjugar".
— Te beijo até que você se submeta à minha vontade. — Ela abaixa o rosto de uma maneira que seus lábios quase encostam no meus. — Fazer você gozar até que não consiga se mexer.
— E supostamente isso deveria me deter?
Psicologia... você está fazendo isso errado.O rosto dela fica mortalmente sério.
— Fazendo errado? — Ela aperta ainda mais meus punhos. — Certo. É isso, garota. Prepare-se para ser maltratada.
Ela rosna e enfia o rosto no meu pescoço e eu me contorço e dou risadinhas enquanto ela me belisca e me morde. Quando passo a lutar com mais força, ela larga seu peso inteiro sobre mim para me manter quieta.
— Ceda. — ordena ela.
— Nunca! — Tento empurrá-la, mas é impossível. Eu ofego, derrotada e fico imóvel.
— Certo, tudo bem. Você venceu.
— Resposta certa. — Ela me dá um sorriso presunçoso antes de rolar de cima de mim e de me puxar de volta ao abrigo de seus braços. — A propósito, o quão suspeito seria se nós duas ligássemos dizendo que estamos doentes hoje?
— Muito. Mas talvez valesse a pena.
Ela fecha os olhos e me abraça mais apertado.
— Sim, valeria.
Apenas ficamos deitadas lá e nos beijamos por um tempo. O tipo de beijo profundo e lânguido que sugere que temos todo tempo do mundo.
— Todos os dias em que estive longe de você. — diz ela, no intervalo entre me provocar com seus lábios e língua. — sonhei com essa boca. Todas as vezes que precisei beijar Bruna, fechava meus olhos e imaginava que era você.
Sem fôlego e excitada, confiro o relógio.
São seis da manhã.Tenho que estar no ensaio às nove horas.
— Então. — digo e coloco uma das mãos em seu peito para impedi-la de me distrair mais. — Você já pensou em como vamos lidar com as coisas hoje?
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Impiedoso Coração (Sariette G!P)
FanfictionJuliette Freire - Não namora atores. Sarah Andrade - A atriz Quando tudo o que aconteceu entre elas (e o que poderia ter acontecido) vem à tona... Sarah G!P - Se não gosta, não leia! •ADAPTAÇÃO•