Há uma distância considerável entre nós, mas agora parece que existe um cabo de aço conectando o coração dela ao meu. Esse cabo sempre esteve lá. Mas agora eu consigo vê-lo mais como uma bênção do que como uma maldição.
Inspiro e desfaço o nó do meu roupão com as mãos trêmulas. O tecido pesado se abre, revelando a minha óbvia falta de roupa de baixo. Seus olhos se arregalam e sua expressão imediatamente se torna faminta. Meu corpo responde com uma explosão de calafrios.
— Sim. Quero ficar com você. Por favor. Agora.
Ela pisca duas vezes antes de murmurar.
— Porra, sim. — Ela cruza a sala em segundos e solta um gemido baixo e possessivo enquanto me aperta contra ela.
Seis anos de desejo contido e frustração sexual irrompem entre nós. Nós nos devoramos uma à outra, línguas provando e sugando. Meu roupão é tirado dos meus ombros. A camiseta dela é retirada em tempo recorde. Em todos os lugares que ela me toca, o desejo nasce, cresce e desponta e estou sem fôlego com a força desse sentimento. Eu a empurro contra a parede, com energia. A força do impacto faz o vidro da moldura de uma foto próxima se quebrar ao cair no chão. Nenhuma de nós olha para ela.
Sarah joga a cabeça para trás quando cubro seus seios e abdome com beijos quentes, provando a pele com a qual eu só pude sonhar, durante muito tempo.
Seus músculos se contraem por causa de sua respiração rápida e ela geme quando passo minha língua e meus lábios nos planos deliciosos de seu tórax.
Provo cada centímetro de sua pele... Seus seios, seu abdome. Não há nada delicado ou elegante no que estamos fazendo. Tudo é urgente, as mãos se movem e apertam, as respirações estão pesadas e os gemidos profundos.
Estamos tão desesperadas uma pela outra que ficamos desastradas e rudes.
Quando volto à sua boca, ela geme contra a minha e percorre meu corpo com as mãos, até a minha bunda.
Com um movimento ágil, ela me ergue e quando passo as pernas à sua volta, ela se vira e me empurra contra a estante. Os livros e bibelôs se espalham pelo chão, fazendo barulho, enquanto nos apertamos e nos tocamos.
Eu estico o braço para trás e seguro uma das prateleiras, enquanto ela me beija pescoço abaixo e brinca com meus peitos. Jogo a cabeça para trás e comprimo meu tórax contra ela, enquanto sua boca quente e linda se fecha sobre mim.
— Ah, meu Deus, Sarah...
Ela brinca com meus seios e estou me agarrando a ela, para que continue. Então, ela me arranca da estante e desliza até o sofá, esbarrando em um vaso e em uma luminária no caminho. Sarah chuta a mesinha de centro e o controle remoto da tv e uma pilha de revistas caem no chão.
— Merda. — diz, sem fôlego. — Desculpe.
— Não ligo. Continue.
Ela se joga no sofá e me puxa para que eu me esparrame sobre ela. Cada centímetro da minha pele formiga e dói enquanto Sarah traça as curvas dos meus seios e quadris com os dedos.
— Meu Deus, senti sua falta. — sussurra ela contra minha pele. — Esse corpo, sua mente, seu coração. Tudo. Agora eu me sinto como uma criança cujo presente de Natal foi financiado por seis anos e finalmente pôde colocar as mãos nele. Você é tão perfeita, você vira minha cabeça.
Ela me beija novamente e sua língua doce me deixa tonta, enquanto suas mãos ligam cada terminação nervosa do meu corpo. Não posso mais esperar. A única coisa que supera a névoa de hormônios é uma necessidade que me consome, de tê-la dentro de mim. De tê-la novamente e de ser sua, me entregando inteira em retribuição.
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Impiedoso Coração (Sariette G!P)
FanfictionJuliette Freire - Não namora atores. Sarah Andrade - A atriz Quando tudo o que aconteceu entre elas (e o que poderia ter acontecido) vem à tona... Sarah G!P - Se não gosta, não leia! •ADAPTAÇÃO•