Um.

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Deixem estrelinha, por favor :)
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— Kara, você tem certeza disso? Meu amor, você sabe que terminou o tratamento de fertilidade a pouco tempo e, mesmo com isso, não conseguiu ter um filho. — Alex falava para Kara, da forma mais calma e delicada que podia, não queria machucar a irmã.

Kara, que estava sentada no banco passageiro, a encarou com um sorriso esperançoso mesmo após a fala da outra. As duas mulheres estavam dentro do carro, em frente à clínica de fertilização.

Era provado que com o tratamento de fertilidade, a mulher poderia ter chances de engravidar, poucas, mas mesmo assim isso era meio caminho andando para a loira, que sonhava em ser mãe desde criança. Quando a notícia da infertilidade veio, no auge dos seus 25 anos, o mundo de Kara Danvers desabou, seu sonho foi por água a baixo e se não fosse amigos e sua família, teria entrado em depressão. Você não querer e não poder ter filhos é completamente diferente, quando você não pode, não tem para onde correr, você não tem opções.

Kara procurou todos os médicos de Barcelona, Espanha, a cidade onde cresceu, mas nenhum médico tinha a ajuda que ela precisava. Vindo para os Estados Unidos a sete meses, Kara começou um tratamento de fertilidade com Samantha Árias, uma das melhores médicas ginecologistas de National City, a médica avisou que as chances de engravidar seriam mínimas pois, seu útero tinha uma rachadura que impedia de segurar uma criança e isso explicava os dois abortos espontâneos que a loira teve, no início, quando tentou começar a engravidar.

— Alex, tá tudo bem! — a loira tentou confortar a irmã. — Eu já passei por isso, eu sei como é o procedimento e tudo bem se não der certo. — abriu um falso sorriso amarelo.
— Não está tudo bem! — a ruiva torceu o nariz. — Eu sei como é importante pra você ser mãe, eu sei como você fica com as tentativas falhas, você entra no fundo do poço e isso não está certo! — apesar do tom alterado, Alex tentava manter as palavras calmas. — Olha. — se ajeitou no banco, ficando de frente para a irmã. — Você ainda pode adotar uma criança, sabia? Não vai te fazer ser menos mãe.

Kara suspirou com esse assunto vindo a tona de novo.

— Meu sonho é ter uma criança minha, Alex, minha. Esse sempre foi meu sonho, você sabe disso. — estava cansada daquele assunto.
— Ok, tudo bem. Eu te amo, ok? Estou aqui pra você. — Alex deixou um beijo no topo da cabeça da loira e suspirou, não iria convencer a irmã e ela só iria se machucar.
— Eu te amo. — a loira sorriu fraco e abriu a porta do carro, saindo do Toyota Corolla Cross branco, da irmã.

Kara era uma organizadora de eventos, reconhecida por fazer muito bem o seu trabalho, eram todos modernos, luxuosos e chamativos. Era uma mulher elegante, inteligente, humilde, bissexual assumida e dona de uma beleza de dar inveja. Seus cabelos eram ondulados, grandes e loiros, seu sorriso tão branco quanto a neve e sua pele macia. Era alta, corpo definido e um par de olhos azuis que brilhavam quando a luz refletida diretamente. A loira nunca foi de ter muitos casos, sempre se envolvia com as pessoas querendo um namoro ou até mesmo um relacionamento, mas após o fim do seu noivado com a jornalista Lucy Lane, a loira estava apenas focada em querer ter um filho, em tratamentos e inseminações, não queria e nem estava buscando outro relacionamento.

Quando a loira adentrou o local, o ar gelado arrepiou seu corpo e torceu o nariz quando aquele cheiro ruim de hospital foi detectado por suas narinas. Procurou a recepcionista e aguardou alguns instantes, quando foi chamada no corredor, seu coração saltitou e seus passos quase foram falhos, quando uma mulher passou ao seu lado com pressa  a empurrando, a loira acabou se desequilibrando e caiu, a outra nem olhou para trás e se desculpou.

— Vadia! — murmurou a loira, irritada.

Kara não conseguiu ver quem era, só notou os cabelos pretos e uma camisa bege toda amassada.

Barriga de aluguel | SUPERCORP Where stories live. Discover now