Doze.

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Os olhares foram todos atraídos para as duas mulheres que cruzaram a enorme porta da mansão Luthor, que ficava na área rural, afastada de toda a sociedade para a própria segurança dos moradores da residência, que viviam sofrendo todo tipo de ataque.

Lena usava um salto preto, uma saia um pouco acima dos joelhos da mesma cor e uma camisa de manga longa na cor vinho, simples e elegante. Os olhares e a atenção nunca á incomodaram, pelo contrário, sempre gostou de ter toda a atenção para si, mas naquele momento estava acompanhada e aparentemente sua companhia estava sendo total alvo da atenção.

— Kara, querida! — Lillian apareceu do meio dos demais convidados com uma taça de espumante em uma das mãos e, com uma certa dificuldade, deu um longo abraço na loira, que recebeu o contato surpresa. — Que bom te ver! Estou feliz que tenha vindo. — a matriarca desfez o abraço e sorriu largo para a nora.
— Você também, Lena, que bom que veio. — a mais velha sorriu.
— Sério? — a morena arqueou a sobrancelha. — Essa casa é minha também. — falou como se fosse óbvio.

Lillian olhou para a filha com um semblante de poucos amigos, por fim, à ignorou.

— Venha, Kara, vou te apresentar para Lionel, nossos primos, tias, tios e acionistas. — a loira foi puxada pela outra, seu olhar encontrou o de Lena e nele, pedia socorro.

A empresária revirou os olhos e pegou uma taça de suco, desde que descobriu a gravidez estava evitando álcool e óbvio que isso também fazia parte do contrato com a Kara. Cumprimentou e conversou com algumas pessoas, alguns parentes e empregados antigos com quem tinha um afeto, mas logo achou um lugar para se sentar pois sentia seus pés doerem. Olhava para todas aquelas pessoas e sentia certo desconforto, os almoços em família nunca era só em família porque sua mãe sempre transformava  em algo para os negócios, era cansativo.

— Um bom filho sempre retorna para a casa. — Lena sorriu quando ouviu a voz de Lex atrás de si.
— O ditado não é assim.
— Mas agora vai ser. — o adolescente se sentou no braço do sofá, ficando colado com a irmã. — Já contou pra mamãe? — a morena negou. — Cara, ela vai te matar! — ele riu.
— Talvez não, ela parece gostar da minha nova namorada. — disse num tom sombrio.
— Desde quando você namora? — Lex perguntou divertido, enfatizando o "você".
— Desde que eu assinei um acordo. Isso vai ser bom para a minha imagem, pirralho.
— Você é igual a mamãe, só se importa com á imagem. — Lex revirou os olhos.
— Não me compare com ela, Alexander! — Lena falou em um tom mais sério.

Lex sabia que tinha entrado em um território sensível.

— Desculpa. — falou sincero. — Quem é a sortuda?
— Aquela. —  apontou com a cabeça para a loira, que conversava animadamente com um velho gordo que parecia estranhamente familiar demais para Lena.
— Que gata! — elogiou.
— Tire os olhos, Lex!
— Eita, não sabia que você era do tipo ciumenta. — implicou.
— Eu não sou.

Lena encarava Kara conversando com um homem e uma mulher com um semblante sério, não sabia porque estava tão incomodada por Kara não estar ali ao seu lado. Discretamente sorriu quando a loira olhou para ela, Kara caminhou para perto da morena junto com Lillian e as duas pessoas com quem estavam conversando, mas assim que olhou quem era, seu sorriso sumiu.

— Lena, lembra de Klaus? O embaixador de Amsterdam? E aquela ali é Lauren, sua filha. — Lena olhava assustada para os dois.
— Claro que lembro deles! — sorriu simpática, mas dentro estava em surto completo.
— Eu não sabia que estavam nos Estados Unidos. — Lena disse, sorridente.
— Lauren quer estudar aqui, podemos concordar que as melhores universidades são daqui. — ele riu, sua risada era grossa, como se ele tivesse fumado a vida toda.

Lauren encarou Lena de forma sugestiva. Sempre que se encontravam, acontecia algo.

— Essa aqui é Kara, minha namorada. — Lena apresentou, mostrando falsamente o quanto estava feliz.
— Lillian nos apresentou. Finalmente alguém laçou o coração de Lena Luthor. — o homem riu alto, fazendo Lillian rir também.
— Kara é uma garota adorável. — Lillian elogiou.
— Ela te viu duas vezes na vida e te acha adorável. Ela me conhece a vida toda e me acha demoníaca. — Lena sussurrou no ouvido da loira.
— Sua mãe é uma mulher sábia!. — Kara sussurrou de volta.

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