Nove.

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Alex estava sentada em uma cadeira confortável e com uma garrafa de cerveja nas mãos, seu semblante era pensativo e volta e meia fazia algumas caras e bocas. As irmãs estavam almoçando em um restaurante próximo ao escritório de Kara, era um lugar pequeno, feito de madeira que trazia um ar rústico ao local, os detalhes eram em uma luz forte amarela mas que ficavam desligadas na parte do dia, deixando o sol fazer a iluminação natural. Todos os cômodos cheiravam a camomila, um chá gostoso e relaxante.

— E você vai jantar com ela? — a ruiva torceu o nariz. Kara estava atualizando a irmã de todos os acontecimentos, querendo uma opinião. — Eu não gosto dela, Kara. Eu acho que você tá se metendo em uma furada com essa mulher. — Alex disse, em seguida deu um gole em sua cerveja, mas seu semblante ainda estava sério. — Acha que esse namoro falso vai dar em que? Ela usa qualquer coisa pra se promover, é uma megera e uma vadia que só pensa em dinheiro!. Você acredita mesmo que ela mudou de um dia para o outro? — riu sarcástica. — Você fica esperta com ela, se for preciso, entra no jogo dela e veja até onde vai, mas não seja burra, não te criei assim. — Kara, que estava séria ouvindo a irmã, deu uma risada com o fim da fala da ruiva.

— Já sou uma mulher adulta, Alex, tenho quase 30 anos, eu acho que sei me cuidar. — a loira também deu um gole em sua bebida, que era apenas um drink com sabor de morango.
— Mas você pode soar ingênua às vezes, Karinha. — rebateu.
— Talvez eu vá, e talvez eu converse com ela hoje, vou seguir seu conselho e entrar no jogo dela, pra ela pensar que está me influenciando. — deu outro gole, sentindo o gosto do álcool e do morango em sua garganta. — Eu também não gosto dela, Alex. Céus, eu à odeio! Mas ela está carregando meu filho e eu vou cuidar dela, pelo menos até o neném nascer. — a loira deu de ombros.

Alex encarou a irmã por alguns minutos, desconfiada, sabia como a irmã perdoava rápido os outros e como se apegava também, e em uma situação como essa, quem sairia machucada era ela.

Quando o toque de Beyonce se fez presente, a loira rapidamente pegou seu celular e atendeu a chamada, dando um sorriso sem graça pra Alex que riu do gosto gay da irmã.

"Algum problema, Helena?"

"Não, Kara, só uma encomenda pra você aqui no escritório, mas eu já estou de saída, bebê"
Helena falou, fazendo a loira se lembrar do vestido que comprou pela internet para o almoço com Lillian Luthor.

"Putz...Helena, não vou voltar pro escritório hoje. Você não consegue deixar na minha casa, meu bem?"

Alex arqueou a sobrancelha.

"Você vai me pagar como?" Kara teve certeza que a pergunta foi feita com segundas intenções, mas fingiu que não havia entendido.

"Garota, eu já te pago um bom salário! Você vai fazer isso porque sou uma ótima amiga pra você." Kara falou em tom de brincadeira.

"Ok, patroa! Eu deixo na sua casa. Beijos"

Quando a chamada foi encerrada, Kara levantou o olhar e sua irmã estava lhe encarando, de forma risonha.

— Quando vai dar uma chance pra ela? — Alex falou, erguendo as sobrancelhas.

A loira revirou os olhos.

— Ela não gosta de mim, Alex!
— Capaz, eu que gosto!
— Ela é só minha amiga, Alex! — insistiu.
— Seria o primeiro caso de amiga que gosta da outra, né? — cutucou a ruiva.
— Você é chata. — resmungou Kara.
— E você lerda! — a ruiva mostrou a língua.

Enquanto o dia passava - mais rápido que o normal - Lena cuidava da sua transferência de trabalho, iria cuidar dos maiores assuntos em casa, do computador e, caso precisasse, faria apenas reuniões presencialmente. Não houve nenhuma resposta da loira e isso, estranhamente deixava a morena desconfortável, mas ao mesmo tempo tentava fingir que não se importava. Samantha passou no apartamento perto do horário da noite, fez o jantar e deu uns conselhos para a amiga, que tampouco fez questão de ouvir, apenas concordava com a cabeça.

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