Vinte e cinco.

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Kara tentava controlar o nervosismo que insistia em continuar vindo, suas respiradas lentas não estavam mais ajudando e nem conseguia pensar em beber mais água. As mãos da loira tremiam e suavam, era nítido para os funcionários o quanto ela estava inquieta, mas ninguém ousou falar nada. Kara esperava a morena enquanto andava de um lado para o outro do estúdio de gravação, onde iriam filmar o comercial.

Quando seus olhos se encontraram com os da morena, absolutamente tudo pareceu parar, as pessoas, as luzes, e o tempo. Existia apenas Lena e Kara. Elas se entendiam pelo olhar, pela conexão que elas tinham juntas.

Ficando sem graça com o contato visual, Lena quebrou aquela encarada e carregou JJ até o camarim, para se trocar. Era um comercial de lingerie, Kara já usava seu roupão e estava apenas esperando Lena para começar com as fotos.

Depois de recusar três bebidas, Kara encontrou Lena novamente e sua boca abriu. A morena usava um sutiã vermelho de renda e uma calcinha com cinta liga, mas o que chamava mais atenção era como sua barriga estava grande e linda. O coração da loira quase saiu do peito.

— Vamos começar? Preciso que Kara fique atrás de Lena e coloque a mão em sua barriga. Um gesto simples e um sorriso carinhoso. — Luisa deu as ordens.

Só havia mulheres ali.

Kara tirou seu roupão e sentiu todos os olhares sobre si, seu conjunto era uma calcinha de renda curta branca com um sutiã bordado, deixando seus seios volumosos. O seu porte físico sempre foi uma coisa que lhe orgulhou.

Lena fechou a cara e andou até a loira, fazendo a pose que havia sido mandada.

— Acha que depois daqui podemos conversar? — Kara a segurou a morena pela cintura e a puxou, colando seus corpos. O rosto da loira ficou no pescoço da outra, fazendo ser fácil sussurrar em seu ouvido.
— Não sei se temos o que conversar. — sussurrou de volta, sorrindo para a foto.

Kara cheirou fraco seu pescoço e deu um sorriso.

— Eu adoro seu cheiro.
— Não faça isso.
— Isso o que?

As duas pousaram novamente para outras fotos. Ninguém estava notando a conversa entre elas.

— Vir com esse charme pra cima de mim, não vai funcionar de novo. — falou firme.
— Funcionou da outra vez? — Kara sorriu.
— Funcionou. Mas agora eu quero ficar distante de você.

A loira engoliu seco.

— Lena, eu te quero perto de mim. Eu preciso de vocês duas comigo. Eu não posso te perder.

Havia sinceridade nas palavras da loira, e a morena sentiu seu coração se derreter por completo.

— Eu errei com você, eu peço desculpas. Você não tem culpa da minha frustração com Lucy e eu agi na hora da raiva e me arrependo amargamente por ter te machucado. — sorriu para a foto. — Mas você não pode deixar que meu erro afete nós.
— Nunca existiu nós, Kara.

Foi como um tapa na cara da loira, sua garganta fechou e queria chorar ali mesmo.

— Mas não pode existir?

A loira parou as fotos, virou a morena e a deixou na sua frente, fazendo as duas se encararem.

— Eu quero que exista nós, Lena. Eu quero cuidar de você e da nossa menina. Eu quero que você seja presente na vida dela como uma outra mãe porque, desde que eu te conheci, não consigo parar de pensar em você, em um futuro juntas. Eu estou perdidamente apaixonada por você e não quero e não posso te perder, porque esse mês longe, foi o pior da minha vida. — algumas lágrimas escorriam pelo rosto rosado de Kara.

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