Vinte e seis.

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A ansiedade atingiu seu corpo, o deixando gelado, como se tivesse tomado um banho de água fria. A morena relia a mensagem várias e várias vezes, para garantir que não estava sonhando. Lena se sentou na cama, estava somente com calcinha e com a regata que colocou pós banho, seus pés batiam rápido e ficou tanto tempo naquela posição, que perdeu a noção do tempo, nem notando quando Kara entrou no quarto.

A loira a olhou com preocupação, deixou a sacola em cima da cômoda e se sentou ao lado da morena.

— Lena, está tudo bem? — sua voz transmitia preocupação. A sua mão foi colocada carinhosamente em cima da mão de Lena.
— Minha mãe, Kara... — respirou. — Ela descobriu nosso contrato. Ela quer falar comigo amanhã! — tremeu novamente. — Ela vai acabar com a minha vida, com minha reputação e dignidade. — choramingou.

Kara á abraçou de lado, fazendo com que a morena apoiasse sua cabeça no ombro da loira.

— Calma, tudo bem? Nós vamos resolver as coisas, vai dar tudo certo. — mexia em sua orelha - uma mania que tinha desde que era criança -
— E se der errado?
— Não vai dar. Eu não vou deixar que de errado! Nós estamos juntas nessa, sua mãe só tem a perder se explanar tudo isso. — Kara tentava acalma-lá. — Eu queria ir com você amanhã, mas preciso ir na casa de Lois ajudar no buffet do casamento. Você se importa? Se quiser, eu desmarco, não tem problema. Você é minha prioridade agora.

— Não tem problema, na verdade é até melhor, ela não iria querer você lá.
— Tenho minhas dúvidas, ela me adora. — se gabou.

Lena deu um pequeno sorriso com os lábios, apesar de seu coração martelar de forma rápida, ao mesmo tempo se sentia segura por estar nos braços de Kara. Na verdade, a loira estar ali era como um mais doce sonho, aqueles que Lena nunca imaginou que queria viver.

De fato, estava perdidamente apaixonada.

A loira a colocou para dormir, Lena se virou de frente para ela e se agarrou em seu corpo, afundando sua cabeça nos seios da outras. Kara apoiava seu queixo na cabeça de Lena e fazia um leve carinho em seus cabelos pretos. Ao sentir a outra ainda tensa, cantou uma música, o som doce e suave de sua voz, trouxe a calmaria que o coração de Lena precisava para adormecer.

— Dorme bem, meu amor. — Kara sussurrou as últimas palavras, como se fosse o seu maior segredo.

Na manhã seguinte, a loira deixou Lena na mansão dos Luthors. Kara insistiu, querendo ficar com ela, mas Lena negou até o último, dizendo que aquele assunto era apenas entre elas. As duas se despediram com um selinho e com a promessa que iriam jantar juntas a noite.

Em passos rápidos e ansiosos, em questão de minutos a morena atravessou o enorme jardim e abriu a grande porta de entrada, cumprimentou sorridente os empregados e seguiu caminho até o escritório, com o semblante completamente fechado.

— Pronto, estou aqui. — falou adentrando o cômodo.
— Um bom dia pra você também, Lena. — Lillian disse, sorridente.

Fechou a porta e andou até a mesa onde se encontrava a mais velha e ali ficou, em pé e parada.

— Não estou com tempo, mãe.
— Você achou que eu não iria descobrir? — a Luthor mais velha arqueou a sobrancelha. — Você deveria tomar cuidado onde deixa esses papéis. — jogou os contratos em cima da mesa. — Você é patética. — falou, sem paciência.

— Bom, o que você quer exatamente? Porque se você espalhar isso, a imagem não vai ficar boa pra você também. Inclusive, tudo que eu fiz ajudou nossa família, não é? — Lena tinha um sorriso debochado nos lábios.
— Ajudou a sair do problema que você mesma criou. Se você fosse uma mulher descente, nada disso estaria acontecendo. — Lillian cuspiu as palavras.

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