Eliza era uma cozinheira de mão cheia, amava cozinhar e enfeitar a mesa, era onde mais se sentia no controle. A matriarca montou a mesa de jantar da forma mais bela possível, com talheres combinando, dois tipos de vinho e algumas flores. Os convidados estavam sentados confortáveis nas cadeiras e o jantar logo seria servido.A sala de jantar era enorme, a mesa era composta por dez lugares no total, ocupando quase todo espaço da sala, deixando apenas no cômodo um armário com vinhos e uma enorme janela de chão, dando visão para o lado de fora e espaço para um leve vento entrar. Lois, Clark, Alex e Lucy estavam sentadas de um lado. Lena, Kara, Kelly e Esme do outro. Eliza estava na ponta, no meio da mesa.
Lois e Clark queriam um jantar íntimo, só para a família.
— A mesa está linda, Eliza. — Kelly cortou o clima pesado com um elogio, que foi muito bem recebido pela loira mais velha.
— Obrigada, querida. — sorriu, de forma agradecida. — Podem se servir! — deu a ordem. — Seu pai não conseguiu vir, Lois?
— Não, Eliza, aparentemente ele tinha um compromisso no exército... de novo. — falou a última parte baixo, apenas para ela.Clark colocou sua mão sobre a dela, mostrando que estava ali.
— Que pena, seria bom ter a família Lane completa. — riu fraco, pouco antes de levar o garfo até a boca.
Kara mexia na comida como uma criança que estava sendo obrigado a comer o que não gostava, a loira sentia a tensão entre ela e Lena, mas não teve coragem de falar nada. A sensação que tinha era como se estivesse levando um gelo da outra. Kara lidou muito bem com o frio quando morou em Barcelona, mas não conseguia lidar com Lena lhe tratando de maneira fria.
— Você vai beber vinho? Você sabe que não pode, precisar manter seu remédio. — Lena chamou atenção da loira, quando a viu encher a taça.
— Algumas taças não vão me matar, querida. — sorriu.
— Lois está pensando em quem chamar para madrinha. — Clark comentou, tentando mudar o assunto.
— Como se não fosse óbvio. — Alex respondeu. — Eu sei que você tem a sua Danvers favorita, Lois. Para ser sincera, me sinto sim um pouco ofendida. — Alex falava enquanto limpava a boca de Esme.
— Eu sei que você não liga, Alex. — Lois riu. — Eu quase me senti mal. Quase. — a ruiva negou com a cabeça, soltando uma pequena risada.Todo mundo notava o quanto o clima tenso estava no ar, pois era a primeira vez que Lucy e Kara se reencontravam depois de tudo que aconteceu. Alex queria puxar a irmã daquele cômodo e levá-la para longe. Ela sabia o quanto Kara havia sofrido.
— Fiquei sabendo que você morou em Barcelona, Kara. — Lucy puxou assunto, deixando todos ainda mais tensos. Ela não encarava a loira e sim o seu prato de comida. — Eu lembro que era lá que iríamos passar nossa lua de mel. — ela levantou o olhar, encarando os olhos azuis da outra.
— É um bom lugar para se morar. — Kara se mexeu desconfortável na cadeira. Ela não sabia como cortar o assunto.Na verdade, quando se tratava de Lucy, Kara não sabia como agir. A loira nunca precisou confrontar a morena, pois desde o dia que foi abandonada, nunca mais a tinha visto, hoje era a primeira vez, ela se sentia confusa, ao mesmo tempo que os sentimentos ruins sobre a outra surgiam, sentimentos bons e nostálgicos também. Era estranho ter ela ali novamente.
— Já morei em vários lugares também. — Lena falou, com uma cara de poucos amigos.
Alex segurou o riso.
— Legal. — Lucy disse. — Como está o trabalho, Kara? Tenho acompanhado alguns sites, você anda famosa.
— Meu trabalho vai de bom para melhor. — sorriu orgulhosa. — Quero poder dar tudo para a minha filha.
— Sua filha? — indagou Lucy.
— Minha e de Lena. — se apressou em corrigir.
— Aposto que vai se chamar Emma, você sempre foi apaixonada por esse nome. Era para ser o nome da nossa filha. — sorriu, meio cabisbaixa.
— Você sempre foi uma otaria. — Alex pensou alto, fazendo todos a encararem.
— Alex!! — Kelly repreendeu.
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Barriga de aluguel | SUPERCORP
FanfictionKara Danvers não podia ter filhos. Em uma nova e falha tentativa de inseminação, os médicos acabam se confundindo e, por engano, acabam inseminando Lena Luthor, uma mulher que vivia sua vida na farra e nunca pensou em ser mãe.