Kara suava e temia que Lena pudesse ver os pingos em seu rosto. As duas estavam no carro, Kara havia ido buscar a morena e de imediato ficou preocupada com o semblante triste da outra. A loira tentou melhorar o clima colocando Bruno Mars, mas Lena não parava de encarar a janela e a estrada escura.
— Você quer conversar sobre os comentários nos jornais sobre você?
Lena virou a cabeça e encarou a outra.
— O que me incomoda é ela falar sobre você. — suspirou.
— Lena, eu não me importo com isso, não me afetou. — tentou tranquilizar.
— Independente, foi baixo. Eu á odeio. Você acha que sou uma pessoa ruim por falar isso da minha própria mãe?
— Eu acho que você sofreu demais com os abusos psicológicos dela, Lena. E eu estou feliz por finalmente te ver livre.A morena deu um pequeno sorriso.
— Estou livre, mas desempregada. Ela vai bloquear todas as minhas contas e a única coisa que eu tenho, é o meu apartamento.
— Que ainda sim é mais do que qualquer um tem. — Kara brincou. — Fica tranquila que por hora, não vai precisar se preocupar com isso, eu vou arcar com tudo. Eu tenho certeza que você vai achar um emprego e até um hobbie novo, quem sabe.Lena colocou sua mão na perna da outra e fez um leve carinho, um gesto de agradecimento pela companhia e palavras.
— Como foi lá com Lois? — indagou.
Kara engoliu seco.
— Podemos falar sobre isso mais tarde? — não queria esconder nada de Lena, mas não era o momento para contar.
As duas continuaram o caminho em silêncio e quando chegaram no destino final, a morena abriu um sorriso largo e praticamente pulou para fora do carro.
Kara foi atrás, ela também carregava um sorriso no rosto. Era sempre incrível ver como Lena e Maria tinham uma conexão.
Era incrível como Lena adorava aquela lanchonete.
— Saudades, pequena! — Maria falava enquanto retribuía o abraço caloroso de Lena.
— Muita saudades! — respondeu.
— Como está minha criança? — Maria indagou, cessando o abraço.
— Está bem, crescendo saudável!!
— Isso me deixa feliz demais!Maria e Kara trocaram um olhar confidente, a mulher mais velha a abraçou também e as levou até a mesa no final da lanchonete.
— Eu sinto muito por sua mãe, Lena. Na verdade, para ser sincera, eu nunca gostei dela. — Lena riu.
— Ta tudo bem, Maria. Eu lido com Lillian Luthor.A mais velha deu um sorriso carinhoso e deixou o cardápio, indo atender outro cliente.
— Se eu soubesse que você me traria aqui, eu não tinha ficado triste no carro.
— Mas foi uma surpresa boa. Esse lugar te faz bem.Com um sorriso nos lábios, Lena olhou atentamente o cardápio e logo o jogou na mesa, com um semblante confiante.
— Vou querer um misto quente e um milkshake de morango! — quase gritou.
Kara abaixou o cardápio e olhou para ela com uma cara de "É sério isso?"
— Não sei porque você olha o cardápio se sempre pede a mesma coisa. — rolou os olhos.
— Oras, por que eu mudaria agora nessa altura do campeonato?
— Talvez queira comer alguma coisa diferente. — a loira deu de ombros.
— O que eu quero comer de diferente, felizmente não está no cardápio, porque se seu nome estivesse aqui, nós teríamos uma conversa séria em casa, Kara. — seu semblante era sério.Kara a olhou por alguns segundos com o rosto completamente vermelho e logo em seguida explodiu em uma gargalhada.
— Você é ridícula, cara!
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Barriga de aluguel | SUPERCORP
ФанфикKara Danvers não podia ter filhos. Em uma nova e falha tentativa de inseminação, os médicos acabam se confundindo e, por engano, acabam inseminando Lena Luthor, uma mulher que vivia sua vida na farra e nunca pensou em ser mãe.