O Livro Sem Palavras

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Por que tão distantes?
Seria o acaso, o absurdo?
Nada é como antes.
Eu nunca temi o escuro.

No silêncio da manhã verde,
Me pus a escrevê-lo.
As faces outrora comuns,
Transformaram-se em desespero.

Os ruídos contínuos,
As vozes suaves com a simplicidade da ignorância.
A dança dos sedentos, a melodia dos famintos, sua ânsia.
Tudo agora se faz presente,
Neste livro sem palavras.

Volto ao mesmo lugar,
Às escadas, às árvores, às conversas ingênuas.
Entristeço seu sorriso, em falar
Quantas vezes eu a fiz chorar?

Nem todas as coisas se fazem presente,
Há algo que não tenho.
Tempo, alegria, tudo é vão?
Existem essas coisas no livro sem palavras?

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