Em versos de poesia, aprendi a ouvir
A melodia que perturba o coração dos homens,
A canção que ninguém é capaz de entender
Se esta ressoa diante do medo.
Ela abandona a razão, é algo simples
Que nenhuma alma pode explicar.
Sentimento que invade como uma brisa gelada em uma tarde pálida,
E ensina o desconhecido ao coração.
Para onde se foram as rimas? Não as sinto presente.
Entre palavras soltas ao vento, o tempo oscila.
Seus cabelos tocam o ar, seus sonhos invadem os meus,
Enquanto aguardo ansioso pelo cair da noite.
Há algo apaixonante nas sombras
Onde se escondem nossos corações.
Há algo que conduz nossos passos, um toque, um abraço.
Ela flutua inconsciente, tal como uma folha seca carregada pelo ar apressado,
Que antecede o cair da chuva.
Aguardamos o mesmo destino,
Adiamos os mesmos tormentos,
Aprendemos as mesmas lições,
Trabalhamos pelo mesmo amor.
Buscamos felicidade destruindo vidas,
Homens sábios que entregam seu lar às chamas.
Um antigo pergaminho guarda os nossos segredos,
Escrita polida como prata cintilante, curiosa bravura.
O corvo retorna à sua morada.
A poesia não tem forma,
É o brilho do olhar, um sorriso genuíno,
Música para ouvidos atentos, esperança.
Não busque perfeição em linhas,
Busque-a dentro de si.
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O Livro Sem Palavras
PoesíaLivro de que reúne alguns de meus melhores poemas noturnos. Cada capítulo, um sentimento, uma experiência ou um vislumbre de tudo aquilo que pode ser tornar poesia.