Dois Antigos Sentimentos

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Adormeci com as dores que me cercavam

As mágoas de um passado não tão distantes retornaram à sua morada.

Na manhã seguinte, lentamente os sentimentos felizes outra vez brotaram,

Ela está sozinha em meio à multidão de sua alma, cansada.


Ouvi berros, vindos de uma floresta turva.

Árvores distorcidas e com raízes parcialmente cobertas pelo musgo úmido.

Há muito, caía tarde após tarde, nos dias nublados, do céu gelado, uma fina chuva.

Ali minha respiração tornou-se fraca, e meus passos já não eram certos,

Por onde minha mão tateava... Eu não era mais lúcido.


No despertar da luz mais pura, ela sorri para as flores de verão.

Os pássaros entoam sua melodia em uma varanda vistosa, e há uma brisa leve em seu coração.

Está outra vez em casa, e embora suas lembranças sejam diferentes,

A calmaria de outra vida em saudades apagadas, se encontra agora presente.


As folhas não se movem com o vento uivante.

A chuva não deixou de cair, nem por um único instante.

O que é real, se foi perdido.

Deixou espaço às mágoas, e aos sentimentos antigos.

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