Linhas não serão preenchidas.
Categorias de mim, incompletas
Dos lugares montanhosos de onde venho
Ouve-se pedras rolando, cortinas abertas.
Ouve-se choro, lamúrias das quais desdenho.
Promesaas não serão mantidas
Fingindo não me importar, permaneço aqui,
Obstinado, inflexível nesta guerra covarde.
Criaturas hostis aguardam onde a luz não pode ir,
Enfraquecem sua presa, devoram sua carne.
Palavras não serão sua saída.
A mesma ignorância tormenta a razão,
A mesma morte fria me aguarda.
Suas mãos não alcançam meu coração,
Feridas abertas, indiferença moldada.
Sentimentos não serão seu guia.
O rio corre através dos dedos como um sorriso,
Fantasia, sutil transparência da imaginação.
No vermelho se esconde o orgulho aflito,
Navega entre tons escuros, paixão.
O ódio não será ruína.
Me vi em frente a tudo, descalço sobre brasas,
Acolhido entre flores, flutuando sem gravidade.
Me vi no espelho sem cor, voando sem asas,
Coração sutilmente entrelaçado na ilusão da maldade.
O fim não virá.
Sigo sem querer, é uma prisão estar livre,
Quando seus sonhos não são seus.
Recorrente tentativa, fracasso revive
Cura demoníaca, onde está o seu deus?
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O Livro Sem Palavras
PoetryLivro de que reúne alguns de meus melhores poemas noturnos. Cada capítulo, um sentimento, uma experiência ou um vislumbre de tudo aquilo que pode ser tornar poesia.