A praça de alimentação está lotada. O barulho de bebês gritando e adolescentes fofoqueiros deve estar prestes a romper a barreira do som.
Pego todas as amostras grátis de comida pelo caminho, analisando cada opção diferente, e arregalo os olhos quando vejo exatamente o que estava procurando.
Taco loco.
Esmagado entre um Subway e uma hamburgueria. Tem um grupo de caras de vinte e poucos anos simplesmente arrasando na preparação. Lembra o food truck, só que muito mais organizado, e com espaço de sobra.
- Ah, agora sim. É aqui - digo, sentindo o cheiro de tacos pelo ar.
Pego o braço da Jenna, abrindo caminho pela multidão até o restaurante mexicano, a mãe dela vindo logo atrás.
- A Camila me apresentou ao Taco loco nas férias. Tinha uma franquia na quadra do Tilted Rabbit, onde eu trabalhava. Ela pedia comida lá direto, e ando louca de vontade de comer aqui desde que me mudei.
Jenna hesita quando entramos na fila, mordendo o lábio e olhando de relance para a mãe. As palavras que ela não concluiu no provador me voltam quando enfio mais uma amostra grátis na boca e sigo o olhar dela, vendo que a sra. Ortega está de braços cruzados, fazendo uma careta, olhando para alguém que carrega uma cumbuca de chili. Não entendo exatamente o que está acontecendo, mas sei que tem alguma coisa esquisita.
- A gente pode comer outra coisa - digo, dando um tapinha no braço da Jenna.
Jenna volta a olhar para mim, e sacode a cabeça.
- Não, não. Tá tranquilo - diz, dando de ombros, quase… desafiadora, cruzando os braços no peito - Quero experimentar.
Quando chegamos à frente da fila, o homem mais velho do balcão abre um sorriso enorme, pega nosso pedido e grita para os caras mais jovens da chapa.
Em seguida, ele olha para a mãe da Jenna, que está atrás da gente.
- O que a senhora quer? - pergunta.
Ela não diz nada, provavelmente porque a voz dele se perdeu em meio ao barulho da praça de alimentação lotada. E aí…Ele repete a pergunta em espanhol, achando que talvez seja esse o problema.
Vejo Jenna fazer uma careta quando sua mãe olha para o homem com desprezo.
- Eu não falo… - diz, com um gesto vago - …sua língua.
Puta merda.
Umas das pessoas na fila se viram para olhar para a gente. A mãe de Jenna ajeita as sacolas e aponta para a hamburgueria do lado.
- Estou com vontade de hambúrguer. Vocês pegam uma mesa?
Jenna confirma com a cabeça e se volta para o homem do balcão, que parece mais confuso do que qualquer coisa.
Quando a mãe dela se afasta, ela solta um pedido de desculpas sussurrado.
- Desculpa por isso. Ela só… Eu…
O rosto dela está vermelho-vivo, e eu a vejo mexer na carteira, desajeitada, tentando tirar o dinheiro do bolsinho interno. Cai tudo no chão, que tenho bastante certeza que ela deseja que ele se abra e a engula.
- Deixa comigo - digo, entregando uma nota de vinte para o homem antes de me abaixar para pegar a carteira e devolver apara ela.
Deixo os três dólares de troco no pote de gorjeta e seguro a mão de Jenna, a puxando para esperarmos chamarem nosso número.
- Tudo bem? - pergunto, analisando o rosto corado, os olhos castanhos um pouco marejados.
Ela assente, mas, quando pegamos a comida e encontramos uma mesa, fica claro que não está. Ela continua em silêncio quando a mãe chega com uma bandeja vermelha, trazendo um hambúrguer e uma pilha alta de batata frita.
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Ela fica com a garota (Jenna/you)
Teen Fictions/n e Jenna não parecem fazer parte do mesmo planeta, que dirá do mesmo campus da faculdade. Mas quando s/n, depois de um término péssimo (mas com sorte não permanente), descobre a paixão escondida de Jenna, elas percebem que têm um interesse em com...