Capítulo 24 - Noite de jogos

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POV JENNA

Apoio minhas mãos com firmeza nos ombros dela e a encaro, olho no olho. Uma gota de suor escorre pela minha testa e as vozes ao redor ficam cada vez mais abafadas, até restarmos só eu e ela.

- s/s, preciso que você se concentre. Está me ouvindo? - digo, mais séria do que já disse qualquer outra coisa.

Ela assente com a cabeça, firme, como se entendesse a gravidade da situação.

- Vocês vão se agarrar, ou vamos jogar? - pergunta Kendall, nos tirando da discussão e trazendo de volta ao salão do Holland Hall.

Ela tem um sorrisinho de desafio no rosto, quicando a bola na mesa velha de pingue-pongue.

- Saca logo - digo, fazendo o que posso para engolir uma gargalhada e manter a cara séria para a competição.

s/n olha de mim para Sam e Kendall, a dupla adversária, do outro lado da mesa.

- Eu nunca vi ela assim - diz s/n, com uma risadinha de diversão.

- Vinte a dezoito. Match point - anuncia Sam quando Kendall saca, e imediatamente entramos no ritmo.

Nós quatro estamos totalmente focadas, rebatendo a bola de um lado para o outro.

Eu estava bem nervosa de vir à primeira noite de jogos sozinha, mas, mesmo sabendo que o prazo de s/n se aproxima, ainda não cheguei ao ponto de convidar Emma, então, naturalmente, chamei s/n para vir comigo.

No entanto, o nervosismo foi embora surpreendentemente rápido.

Aquecer o corpo com um jogo que eu amo me relaxou bastante e me ajudou a ser só quem eu sou. s/n está sustentando bem o lado dela da mesa, considerando a pouca experiência, mas Kendall joga bem.

Se quisermos vencer, preciso usar alguns dos truques que Hunter me ensinou nas férias da faculdade. Quando a bola vem voando da raquete de Sam na minha direção, tento rebater com efeito para trás, mas a bola perde um pouco de força e cai bem no canto de Kendall.

- É assim que você quer fazer, Jenna? - pergunta Kendall, girando a raquete em um ângulo perfeito, bem por baixo da bola.

A bola voa por cima da rede para s/n, que não está nada pronta para o efeito abrupto. Ela sacode a raquete no ar, e a bola quica pelo chão.

Game over.

- Droga! - grito, antes de um sorriso se abrir em meu rosto - Bom jogo, bom jogo.

- Foi mal, Ortega - diz s/n.

- Na próxima a gente ganha - respondo em voz alta, para a dupla adversária ouvir.

- Quero ver - diz Sam, rindo, e as duas garotas que moram no quarto na frente do meu pegam nossas raquetes, tomando nosso lugar no jogo.

s/n e eu andamos até a “mesa de piquenique”, que é só um monte de lanches de qualidade baixa espalhados por uma mesa de sinuca tão velha que o feltro verde está praticamente cinza.

Pediram para todo mundo levar alguma coisa.

Eu consegui cortar um pouco de cheddar e servir em um prato de papel com biscoito de água e sal, e s/n trouxe dois sacos de batata chips da sua loja de conveniência preferida, a 7-Eleven, é claro.

- Meu Deus do céu, quem fez isso? - pergunto, dirigindo a atenção de s/n a um pote aberto de massa de biscoito crua, com uma faca de plástico enfiada no meio.

- Não sei, mas vou pedir essa pessoa em casamento - responde ela, e retorço a cara de nojo ao vê-la cortar um pedaço da ponta e enfiar de uma vez na boca.

Ela fica com a garota (Jenna/you)Onde histórias criam vida. Descubra agora