Em uma cidade onde a música, dança e qualquer outro tipo livre de arte foi proibido. Deixando somente aquilo que o governo trata como "certo".
Soobin luta pela arte, tentando fazer de tudo para derrubar aquele governo, ele é caçado e chamado de vând...
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Acordo sentindo o ardor ainda vivo em minhas costas, ainda estava de toalha, lembro que acabei adormecendo ao invés de trocar de roupa. Encaro o outro lado da cama e vejo Soobin dormindo de costas para mim. Ele deve estar exausto, aconteceu tanto coisa.
Minha mente foi em direção a Taehun. Será que ele está bem? Ele foi tão machucado, e tudo isso por minha culpa. Kazuha estava certa, eu era o maior perigo para eles e mesmo assim só consegui pensar em mim mesma, na minha própria felicidade. Aquilo era bom para mim, mas poderia ser o pior para eles.
E olha só como estamos agora. Fugitivos. A essa altura meus pais já devem estar mais que furiosos, e se nos achar... poderia ser o fim para Soobin e a todos.
Tento esvaziar minha mente para não pensar nisso. Levanto da cama e visto um vestido azul, longo e leve sobre uma cadeira de madeira ao lado.
Com dificuldade coloco o vestido sobre mim e saio do quarto sem fazer nenhum barulho. Não quero acordá-lo.
Vejo que estava em um corredor, era um corredor sujo, empoeirado. Havia mais três portas. Qual dessas será a de Taehun?
Mas particularmente não foi difícil de achar, era só olhar a porta em que havia uma foto de Dayeon. Inclusive ela estava linda nessa foto, é uma das minhas preferidas dela.
Bato na porta umas três vezes mas não tenho retorno algum. Percebo que a porta estava aberta então arrisco.
Ao abrir a porta o vejo deitado de uma forma desconfortável enquanto abraça uma almofada gigante com a cara da Dayeon.
Me aproximo da cama e o observo dormir tranquilo, as bochechas grandes inchadas, podia se notar os hematomas pelo corpo. Ele deve ter sofrido tanto, ele não merece isso.
Me sento com dificuldade ao seu lado e observo mais de perto os hematomas que estão a mostra.
⎯⎯ Me desculpa... juro que não era a minha intenção, perdão por ter causado tanto... ⎯⎯ tiro uma mecha de cabelo de seus olhos.
Me levanto e me preparo para sair do quarto mas escuto sua voz. Me viro novamente para ele que estava com os olhos entreabertos, cobertos de um sono pesado.
⎯⎯ Está tudo bem... ⎯⎯ Ele volta a dormir.
Seguro as lágrimas que insistiam em cair.
Decido andar um pouco pela casa, para conhecer o lugar. Em que parte da cidade esse lugar fica? É tudo tão estranho, é realmente uma cidade abandonada. Será que mais pessoas moram aqui?
Abro a porta da frente e me dou de cara com uma rua escura, vazia, metade das casas estavam destruídas. O que será que aconteceu aqui?
Estava para dar mais um passa para frente, adentrar naquela escuridão mas alguém segura meu pulso.
Me viro assustada me dando de cara com Soobin. Suspiro aliviada ao ver que era ele.
