"Quem te apunhalou pelas costas, foi alguém a quem deste a mão"

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AVISO: Este capítulo contém cenas de violência que podem perturbar alguns leitores.

Christopher narrando:

Faz duas semanas que levaram a Leandra e que ninguém tem sinal dela. Estamos todos preocupados mas, também tentando não transparecer isso para as crianças. Mas não está fácil.

Pensar no que pode estar acontecendo com ela, ou se ela já está morta. Tem sido uma tortura esse tempo.

Sem notícias algumas. Até que aparece uma transmissão em direto e aparecem duas pessoas que outrora eu tinha visto. Eram pessoas de seu passado que estavam sempre tentando atingi-la.

"Estamos transmitindo pois essa é a cartada final. Se a Leandra não falar hoje como tem feito durante esse período morre. E a morte da Leandra pode nos comprometer e seremos os próximos. Essa transmissão é o nosso seguro. Se ainda tinham dúvidas do quão culpado o Sr.Carter é e de que a Leandra e seus amigos são inocentes verão agora."

Logo vê-se. A Leandra de preto amarrada por correntes colocando suas mãos no alto, com cortes em todo o corpo e sangue saindo de suas feridas que talvez só deram um pequeno toque para ela não morrer ainda. Ela não estava consciente, notava-se. Ao lado dela havia uma mesa com diversos objetos que facilmente podiam torturar alguém. Desde Alicates ao maçarico.

Estavam também em sentido os dois personagens. Leon e Lio. Aí apareceu Sr.Carter acompanhado de ninguém mais ninguém menos que a Carla.

A Laura tentou inutilmente rastrear o sinal pois já sabia o que viria. Ficou frustrada, colocaram perante ela cena de tortura de sua amiga e ela não conseguia ajudar para que a salvassem.

"Acordem-na!" Ouviu-se o Sr.Carter dizer
Assim atiraram um balde de água nela. Que começou a se mover mas, nem tanto. Ouvia-se ela reclamando das dores um ai que saia quase como um suspiro. Respirava pesado. Claramente foram dias sofridos.

"Desiste e fala." Disse a Carla
Ela permaneceu calada e com esforço ficou olhando para eles.
O Sr.Carter acenou afirmativamente e o Leon golpeou-a na região do ventre com um ferro. Ele se mexeu com dores mas não podia nem ceder e ficar de joelhos, nem mover os braços. Mais uma vez a golpearam dessa vez pelo Lio.

" Hoje é o último dia. Conversemos." O Sr.Carter disse calmo pegando uma cadeira para sentar-se.
Ela com esforço encarou-o como se assentisse que iria falar.
"Comecemos com algo simples. Foste tu que abriste o caso contra mim?" Sr.Carter
Ela abanou a cabeça em negação. Mais um sinal do Sr.Carter e mais um golpe. Que fez ela cuspir sangue.
"Usa palavras como sempre te ensinei" Ele diz
Ela se esforça e fala. Sua voz sai fraca.
" Não fui eu"
Mais um aceno e mais um golpe. Ela se movia quanto podia por causa das dores.
"Não ouvi" O Sr.Carter
Ele inspirou fundo como se fosse ajudar a lidar com a dor e dessa vez sua voz saiu corretamente.
"Não fui eu."
O Sr.Carter sorri. Estava gostando.
"Quem poderia ser senão você?" A Carla diz em desafio
"Eu não ganho nada com isso." Leandra
"Ela está certa." Confirma o Sr.Carter
"Pode até ser mas, ela é quem tem motivos." A Carla diz
"Mesmo tendo motivos, como disse não ganharia nada com isso. Minha vida estava boa, encaminhada. Porquê arruinar isso??" A Leandra pergunta em desafio.
"Sei lá eu. Você deveria saber a resposta." A Carla responde dando de ombros
"Vamos verificar " o Sr.Carter diz se levantando 

Aproxima-se da Leandra que controla seus passos e, depois de arregaçar as mangas, começa a agredi-la. Dá-lhe inúmeros socos em diversos lugares. No rosto, na região do ventre, no esófago. Quando para a Leandra cospe muito sangue. Mesmo assim, ela o encara.

"Vejo que aprendeste bem a estar calada. Porquê expor-te?" O Sr.Carter pergunta não querendo resposta.
Pega no ferro que estava com o Leon e golpeia-a na região do estômago.
"Será por eu ter matado teus pais?" Um golpe forte
"Ou por ter te feito assistir a isso?" Outro golpe forte.
"Será que é por te fazer a vida impossível?" Mais um
"Ou por demonstrar que não te amava a cada instante." Mais um
"Será por impedir que tivesses amigos?" Mais um
"Ou por tentar afastar os que conseguiste ter causando-lhes tragédias?" Mais um
"Ou por obrigar-te a casar com o Christopher para roubar-lhe?" Mais um
"Será que é porque me aliei a Carla para afastar-te dele assim que começaste a ser feliz?" Mais um

Ele parou suando e fez sinal para que soltassem as mãos dela. Que caiu de joelhos, sem amparo e depois sem forças para se manter de joelho ficou deitada tossindo.

"Responde" ordenou o Sr.Carter
"Não fui eu, não tenho motivos." Ela respondeu como podia. O Sr.Carter deu-lhe um pontapé fazendo que ela ficasse deitada com o ventre para baixo. Ela ergueu o olhar e viu a câmara, estava olhando diretamente pra ela e, depois de piscar muitas vezes como se tentasse enxergar direito, ela esboçou um pequeno sorriso. Nisso a Laura rapidamente voltou a sentar-se frente ao seu computador e o Taylor logo desceu com o Leo enquanto ambos faziam telefonemas.

A Leandra deixa de olhar para a câmara olhando ao redor sem mover a cabeça e depois diz olhando para o Sr.Carter
"Desconfias de quem embora odeies devias confiar. É mais fácil um da tua equipa falar do que eu." Ela dá uma pausa e, com esforço tenta sentar-se." Se apenas observasses, perceberias que quem te apunhalou pelas costas foram aqueles a quem estendeste a mão." Ela diz usando todas as forças que tinha para que sua voz saísse audível

O Sr.Carter ficou confuso. "A que te referes?" Perguntou
"3,2,1." Assim que a Leandra chegou ao um dava para notar que a Carla estava se afastando. O Sr.Carter virou puxando de uma arma e mandou que ela parasse naquele exato momento.
"Que queres dizer?!" Exclamou irritado o Sr.Carter
"Live" foi a única coisa que a Leandra disse antes de cair inconsciente ficando deitada de costas.
O Sr.Carter pegou o seu telemóvel e acedeu a live. Depois olhou em direção a câmara guiado pelo telefone para saber onde estava.

Irritado, atirou o telemóvel ao chão.
"Seus traidores e aproveitadores! Eu não irei sozinho!"
Naquele momento entendi a atitude daqueles três já que ouvia-se as sirenes vindas de lá onde estava acontecendo tudo aquilo.

Assim que ouviram as sirenas se dispersaram. Era cada um por si. Desapareceram do campo de visão da câmara.

Depois de uns instantes apareceu o Leo correndo em direção à Leandra. Assim terminou a Live.

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