Meu nome é Chris

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Leandra narrando:

Não respondi o Christopher ainda. Não sei o que devo dizer-lhe. Ele está diferente bem, está de volta ao normal. Aquele por quem me apaixonei. Tenho que ser racional, não agir por emoção.

Decidi convocar meus amigos pra conversar.
Nos reunimos em minha casa enquanto o Chris estava na casa da minha mãe.

Preparei o ambiente. Chocolate, vinho, suco, para quem preferisse, doces e bolo. Além de água é claro.

O Leo foi o primeiro a chegar. Depois chegaram o Lauro e a Laura. O Taylor esse já estava comigo.

Nos sentamos e o Taylor tomou a palavra.
-A que se deve esse ambiente conversativo?-
-Está relacionado com o Christopher?- o Leo perguntou sem rodeios.
Suspirei e depois contei o que havia se passado. Como o Christopher havia se comportado e quão indecisa eu estava.
-É nós percebemos a mudança.- Lauro
- Mas me surpreende. Não esperava que ele agisse assim. Diminuiu o meu hanso dele.- Laura
- Ele disse que não vai forçar mas, desistir também não vai.- Taylor
- Eu não sei o que fazer. Por um lado, quero estar com ele e que sejamos essa família que sempre quis a partir do momento que começamos a ter envolvimento romântico mas, por outro, eu não consigo ficar sem pensar no que houve. Eu não quero que meu filho sofra.- desabafei duma vez só
-Vosso filho Leandra. Ele tem o direito de estar com seu filho.- Leo
-Isso é verdade. Agora, se vocês vão voltar a estar juntos ou não, aí é outra estória.- Laura
- Só que deixá-lo se aproximar do meu filho também lhe aproximaria de mim. Eu não quero isso.- respondi
- Disseste que tens que pensar no teu filho. Pelo que acabaste de dizer, em quem estás pensando?- o Taylor falou me fazendo pensar.
Eu estava o afastando e me convencendo que era para o bem do meu filho quando na verdade, meu filho sempre quis conhecer o pai. Falei por alto quem era e o que houve mas, ele sempre o quis conhecer. E tinham coisas em comum, gostos em comum.

Seguimos conversando sobre diversos assuntos. Mas eu havia decidido. Eu ia deixar eles se aproximarem.

Christopher narrando:

Eu ia explodindo de raiva. Estava irritado, queria dizer o que me apareceu na mente pra Leandra mas eu não tinha direito algum pra reclamar. Ela era livre, ela é livre.

Decidi conversar com ela calmo e surtiu mais efeito. Ela não foi fria nem foi dando a entender coisas. Pelo contrário, ela foi sincera e deixou claro que ainda tinha sentimentos por mim. A conversa foi tranquila, ninguém agrediu o outro verbalmente.

Acho que ela se surpreendeu pela minha atitude. Eu mesmo me surpreendi. Faz tempo que não conversávamos desse jeito.
Aprendi com o Leo, devo admitir.

O que me diferenciava do Leo era exatamente isso. Enquanto eu explodia, eu duvidava, querendo saber de tudo e meio que a sufocando, o Leo transmitia-lhe tranquilidade, confiança e não se exaltava com facilidade. Assim como eu um dia agi com ela. Era assim que tinha eu ser.

Ela sempre viveu com receio, medo. Por isso, era necessário ser delicado, sensível. E eu tinha me esquecido disso ou pelo menos, colocado de lado.

Se eu queria conquistá-la novamente, eu tinha de voltar a ser assim.

Admito que fiquei ansioso não sabendo a sua resposta mas, precisava ser paciente. Ela precisava de tempo. Passadas duas semanas, ela pediu que nos encontrássemos na empresa. Estranhei a escolha de lugar mas não disse nada.

Cheguei e fui até a sala dela. Entrando e fechando a porta. Ela me aguardava sentada no sofá. Estava num look descontraído e usual dela.

 Estava num look descontraído e usual dela

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E eu sem exageros e sem formalidades.

Sentei-me a sua frente e esperei que ela tomasse da palavra

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Sentei-me a sua frente e esperei que ela tomasse da palavra. Depois de uns instantes ela falou:
-Deves ter estranhado a escolha do local né?- ela disse sorrindo
-um pouco- admiti
-É que não quero passar a imagem errada nem dar esperanças sendo que nem eu sei bem o que quero no que se refere a ti. Então escolhi um ambiente controlado mas ao mesmo tempo, que nos deixa a vontade já que tenho uma boa relação com todos aqui.- Ela explica
Entendi agora. Ela queria evitar situação que pudessem ser provocativas
- Entendo o que queres dizer.- respondi
-Bom. Eu decidi que irás poder ter uma relação com o meu filho. Bem, nosso filho.- Ela diz meio sem jeito a última parte.
- Sério??- respondi não conseguindo esconder o meu entusiasmo
-Sim.- Ela responde como quem se arrependesse de suas palavras
Estou lutando pra não dar-lhe um beijo de tão contente que estou apesar do nervosismo. Acho que ela percebeu.
- Vem cá- ela diz abrindo os braços pra um abraço que eu claro que não rejeito.
Me senti tão bem de estar assim com ela. Um sentimento nostálgico me atingiu mas dispersei esse sentimento.
-Obrigado. - digo ainda abraçado a ela
- Não tens que agradecer. É um direito teu.- Ela diz calorosa
Poderia ficar só ali mas, não dava. Não podia abusar. Ela claramente não queria ceder e estar comigo e eu não queria forçar.

- Hmm. E quando o posso ver?- perguntei logo me desfazendo daquele abraço
- Hoje mesmo. Essa era a introdução, ele está vindo com o Leo.- ela respondeu
- Alguma coisa que deva saber?- pergunto esperando que ela me diga o nome
Ela ri e depois olha pra mim.
-De repente nervoso??- perguntou em deboche
- Como achavas que estaria?? Estou suando frio.- Digo deixando o clima calmo
-Não te preocupes, ele é um amor e é parecido contigo.- Ela dá uma pausa e olha pra mim.- Não vou dizer-te o nome dele não. - ela diz sorrindo querendo não rir da cara que faço. Mas depois ri e me encara.

Antes mesmo que eu possa retrucar, eles chegam. O Leo após entrar e fechar a porta solta a mão do menino que vem logo correndo pra mãe que o coloca sentado em seu colo e conversam normalmente.
O Leo depois sai nos deixando os três.

- E aí como foi?- A Leandra pergunta
- Foi bom. O padrinho disse que depois vamos no parque.- ele responde entusiasmo
-Sério?? Depois tenho que falar com ele.- Ela diz brincando
- Por favorzinho- ele diz enchendo a Leandra de beijos no rosto
- Não sei...- Ela diz
-Favorzinho- ele faz uma carinha fofa continuando a lhe dar beijos no rosto
-Tá depois vamos todos juntos.- Ela diz sorrindo
E ele pula de felicidade.
- Obigado mamãe.- Ele diz voltando a sentar no colo da Leandra.

Ficaram uns instantes nessa bolha deles. Depois ela fez ele prestar atenção em mim.

-Sabes, amorzinho, esse senhor que está aqui que não é senhor...- Ela começa
- É o meu paizinhooooo- ele diz animado
Mais animado do que eu esperava.
-É. Vais dizer-lhe o teu nome?- ela pergunta sem olhar pra mim.
Ele olha pra mim.
-Meu nome é Chris porque você meu papai se chama Christopher e a mamã te ama muito.- Ele diz de um jeito bem fofo
A Leandra fica envergonhada com o que o Chris disse
-Sério??-digo olhando pra ela que não se atreve a me encarar
-Sim- ele confirma todo feliz.
- Eu também amo muito a mamãe.- respondo sorrindo
- Eu sei.- Ele diz animado
- Sabes?- pergunto curioso
-Sim sei.- Ele responde
- Como percebeste?- pergunto
- É que cês não conseguem se encarar e quando se encaram, é como se se perdessem no olhar um do outro e só ficam sorrindo.- Ele responde um pouco tímido
- Que menino inteligente. Onde aprendeste isso?- pergunto
- Nenhum lugar. A mamãe disse que é de família.- Ele responde.

Ficamos conversando e a Leandra tinha razão. Ele de facto era muito parecido comigo e combinava muito bem com as coisas que ele era parecido com ela.

Depois a Leandra deixou que eu fosse com eles ao parque. Onde eu fiquei com ele enquanto ela conversava com o Leo.

As coisas correram melhor do que eu esperava.

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