𝟎𝟎𝟏.

466 60 2
                                    

Voltar para casa não estava nos planos de Trevor, não agora que foi excomungado. Mesmo tentando por anos esquecer oque aconteceu naquela noite, as memórias voltaram como facas em sua mente assim que avistou os destroços do lugar que um dia chamou de lar.

Era um pequeno sacrifício necessário, se queria ser a merda de um herói.

— Oque nós viemos fazer aqui mesmo? - Sypha pergunta enquanto olhava os pedaços da casa, caminhando pelos destroços seguindo o jovem Belmont.

— Assim como naquela cidade de merda tinha um falso Messias, aqui tem outro. - Trevor os conduzia até a entrada para o forte da família.

— Adoraria que não se referisse a mim desse modo. - Alucard olhava tudo ao redor com atenção, captando qualquer sinal de perigo ao redor.

— Não, obrigado.

— Como assim Messias? Tem um salvador aqui pra nos ajudar nessa luta suicida? - Sypha perguntou antes deles pararem na porta do porão, onde o caçador se abaixou abrindo ela com magia.

— É um vampiro que foi aprisionado aqui por Leon Belmont. Minha mãe dizia que quando o mundo estivesse acabando, ele poderia nos ajudar. - E a porta foi aberta para uma enorme escada escura.

— E porque um vampiro em sã consciência ajudaria o descendente do cara que o aprisionou por séculos? - Alucard tinha como atual missão irritar Trevor de todos os modos possíveis.

— Não faço ideia. Mas ela dizia que deveria dizer que tenho sangue de Maeve Belmont em minhas veias, aí ele iria aceitar nos ajudar.

— E quem é Maeve? - A mulher gostava de todo o mistério que estava ali presente.

— A esposa de Leon e alguém importante o bastante para esse vampiro, pra aceitar nos ajudar.

Enquanto desciam as escadas as lanternas nas paredes se acenderam mostrando todo o forte Belmont e suas estantes repletas de livros e conhecimento acumulado de antigos caçadores.

— Isso é quase ouro, séculos de conhecimento que pouquíssimos tem acesso. - O loiro estava mais do que impressionado. Mesmo que no castelo e seu pai houvesse tantos livros quanto, mas nada se comparava com o conhecimento que o próprio Drácula guardava.

— Mas oque estamos procurando fica um pouco mais abaixo. - Os corredores suspensos por correntes rangiam pelo peso e as marcas de pegadas na poeira de tanto tempo fechada ficavam para trás.

Descendo as escadas por uma passagem cheia de teias de aranha grudando nos cabelos e roupas enquanto os insetos se rastejavam de volta para as fendas na parede onde ficariam seguros de serem pisados naquele lugar escuro.

A sala para onde a passagem levava era ampla e com bastante eco, as lâmpadas se acenderam mostrando tudo que ali havia, que não era muito.

Uma lâmpada iluminando do teto o centro da sala, ali estava oque eles tanto procuravam.

Um caixão negro mantido de pé graças às correntes lhe prendendo conectadas ao chão, na parede esquerda pendurado em uma placa de madeira havia dois machados. Na parede oposta um baú com dois L's escritos em dourado.

— Isso é sinistro, sinistro e incrível. - Sypha foi a primeira a adentrar o local maravilhada, o coração disparado pela adrenalina do quão ruim isso poderia dar.

— Incrível, e com uma grande chance do que tem aí nos matar assim que tirarmos as correntes. Vai rir das nossas caras por tamanha idiotice. - O meio vampiro era quem mais estava apreensivo com tudo isso, desde que desceram sentiu algo estranho sobre tudo isso.

— Não era tão pessimista, talvez pode ser nosso Messias, um Messias de verdade agora. - Trevor saiu do pé da escada indo até um dos lados do caixão enquanto Alucard foi para o outro quebrando as correntes ao mesmo tempo e deitando-o cuidadosamente no chão.

— Por favor que não esteja vazio. - A oradora implorou se abaixando para abrir a tampa, todos prenderam a respiração olhando a mulher abrir lentamente.

E ali estava...

Em toda sua beleza e glória, um homem alto, apenas vestido com uma calça de linho preta. O corpo encolhido contra as correntes que o prendiam e machucava sua pele delicada. Seu rosto emoldurado pelos cabelos longos e vermelhos como sangue bagunçados, sua expressão era de apenas um cochilo em uma tarde cansativa.

Mas oque se destacava era um colar dourado sobre seu peito nu, um relicário com dois L's gravados delicadamente no ouro.

Quando todos daquela sala suspiraram, seja por alívio de realmente haver alguém ali como pela beleza única e genuína daquele homem, observaram um pouco acanhados quando o desconhecido respirou profundamente. Os lábios entre abertos mostrando os dentes perfeitamente brancos e alinhados mas também com enormes presas.

E poderiam apreciar ele abrindo os olhos, aqueles olhos carmesim puxados e com uma farta cortina de cílios. Totalmente proporcional para lhe deixar ainda mais atraente.

Agora teriam que lidar com o fato de terem libertado uma criatura desconhecida com milênios de anos de idade e que possivelmente beberiam seus cérebros de canudinho.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝗚𝝝𝗗'𝗦 𝝝𝗙 𝗪𝝠𝗥 - 𝑨𝑳𝑼𝑪𝑨𝑹𝑫Onde histórias criam vida. Descubra agora