𝟎𝟏𝟔.

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O sol estava para se por e os gêmeos decidiram andar um pouco pelo castelo, para se acostumar com os corredores sem fim e aqueles que levavam a lugares estranho e sinistros, mesmo que Alucard tivesse dito para que eles não fossem ao quarto andar ali estavam.

Mas não foi proposital.

Tinham acidentalmente virado na curva errada e não puderam evitar de estar naquele corredor.

Mas parecia apenas outro corredor qualquer, tinha as mesmas decorações e não parecia mais sinistro por ser onde o quarto do Drácula ficava. Tinham muitos quartos e enquanto andavam não puderam deixar de notar que uma das salas tinha a porta entre aberta, a luz brilhante ligada os deixando ainda mais curiosos.

— Não deveríamos, você escutou oque Alucard disse. - Taka tentava impedir sua irmã que já caminhava em direção as grandes portas.

— Ele nem vai perceber, só vamos dar uma espiadinha. Vai ser rápido, não seja medroso. - Sumi segurou a mão do irmão com força e o puxou.

Eles caminharam lentamente até lá, observando entre a fresta, mas só conseguiam ver a parede branca e telas de pintura em branco apoiadas por ali. Então não tinha nada demais, abrindo ela sem medo de serem pegos por algo que os denunciassem tiveram uma pequena surpresa.

Tava mais para um susto, os gêmeos quase caíram para trás de susto quando um corvo negro passou pela abertura da porta que eles estavam abrindo e começou a grasnar enquanto voava em círculos perto do teto.

Os dois tentaram fazer com que o animal fizesse silêncio, oque foi totalmente em vão. Até tentaram pega-lo e torcer seu pescoço, se e ele não fosse tão rápido e esguio até que poderiam ter sorte nisso.

Mas no final seguiram o corvo com os olhos enquanto ele pousava no ombro de Tepes, que tinha uma feição um tanto quanto decepcionada em seu rosto. Tinha pedido para que não entrassem ali e foi ignorado.

O meio vampiro acariciava as penas da ave em seu ombro olhando para ela e depois voltou sua atenção para os dois a sua frente.

— Pensei ter dito para não virem a esse andar, e acima disso ainda abriram as salas. Poderiam ter armadilhas aí que matariam vocês em segundos.

— Desculpe. É seu bichinho de estimação? - Taka perguntou mudando de assunto apontando para o corvo que grasnou irritado pela ideia.

— Quase isso, ele está livre para ir e vir mas ainda sim permanece preso aqui por vontade própria. - O loiro abriu um sorriso quando a ave se esfregou contra seu rosto em sinal de carinho.

— Que legal, acho que nós deveríamos ir, estudar mais. Precisamos nos esforçar. - Sumi segurou a mão do irmão para ir antes que Alucard parasse de prestar atenção no animal.

No fim o loiro apenas suspirou em derrota enquanto abria o salão daquele andar, sentiu o aperto em seu ombro desaparecer junto com as penas e Lestat estava de volta. Atrás dele sussurrando provocações em seu ouvido.

— Pensei que tivesse dito para eles não entrarem, acho que você tá perdendo a moral. Sua ordem foi totalmente ignorada, que pena. - O Laurent o seguiu, Alucard se sentou no sofá no meio da sala e o ruivo que estava atrás pulou pelas costas do móvel e jogou seu corpo por cima do colo do loiro como se fosse deitar ali mesmo sem se importar com ele. Apenas naquele momento o Tepes percebeu que ele estava sem camisa de novo.

— Vai vestir algo pelo amor de Deus. - O loiro o empurrou do colo, fez com que o ruivo caísse no chão e a queda fizesse um grande barulho pelo corpo grande e piso antigo.

— Aí, isso dói. - Lestat se sentou na mesa baixa em frente ao sofá, segurando uma das costelas. Fazendo um pouco de drama.

— Olha seu tamanho, isso nem arranha.- Alucard apoiou os braços nas costas do móvel, em uma posição relaxada de braços abertos enquanto olhava o ruivo atentamente.

𝗚𝝝𝗗'𝗦 𝝝𝗙 𝗪𝝠𝗥 - 𝑨𝑳𝑼𝑪𝑨𝑹𝑫Onde histórias criam vida. Descubra agora