Os barulhos altos vindos da porta continuavam, e agora mais fortes. Aqueles com ouvidos mais afiados já sabiam do que se tratava, que tipo de monstros estavam na entrada.— Criaturas da noite. - Lestat sussurrou ouvindo uma delas esmurrar a porta tentando quebrar o feitiço que os mantinha do lado de fora.
— Da pra fazer esse espelho mágico funcionar? - Trevor perguntou indo até onde o objeto estava, apoiado em uma das estantes no meio de uma pequena ala mais espaçosa.
— Acho que sim. Mas não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo. - Sypha se referia a procurar como fazer o feitiço que tinha encontrado e achar o castelo de Drácula através do espelho para prendê-lo em um só lugar para lhes dar a chance de invadir. Alucard já estava de frente para o espelho observando as runas espalhadas por toda a moldura de algum material escuro.
— Eu sei um pouco de Caldau, e sei como operar um espelho mágico. Oque eu faço? - O mais novo ignorou o assobio que Lestat lhe lançou, uma pequena provocação em um momento extremamente tenso. O ruivo estava apenas fazendo uma observação silenciosa de que ele não era o único com habilidades distintas ali.
— Não sei nada dessas coisas. - Liderança com certeza não era com Trevor, mas ele só precisava de um incentivo para despertar o espírito de líder que estava adormecido em si, a frase a seguir dita por Alucard não se parecia com um incentivo otimista. Estava mais para um tapa de realidade, mas funcionou.
— Vamos, Belmont. Hora de escolher, ou você é o último de uma dinastia guerreira ou um bêbado sortudo. - Alucard falava se aproximando para encarar o caçador e quase o obrigar a lhe dar uma resposta rápida antes que literalmente tudo desabe.
— Tudo bem, faça o espelho funcionar, Alucard. Sypha, continue oque está fazendo, Lestat vai me ajudar a fortificar o ponto de entrada.- Ele começou a andar pelo corredor e logo se abaixou para fazer algo, de costas para todos. O Laurent só prestava atenção no loiro que se virou para o espelho tirando a luva que usava com os dentes, as unhas logo virando garras e reescrevendo alguns dos símbolos que estavam entalhadas na moldura do espelho.
— Lestat. - Trevor o chamou e ele logo se virou para saber no que poderia ajudar.
— Já vai, chefinho.
— Qual é a escala e a disposição das forças inimigas?
— Vamos ver a escala e a disposição com nossos próprios olhos bem rápido. - Lestat disse rapidamente enquanto Trevor colocava uma espada em seu cinto de utilidades.
— Oque sugere? - O Belmont perguntou agora para o mais novo que se empenhava com o espelho a sua frente.
— Que usemos isso para encontrar o castelo de Drácula. Agora.
— Estamos presos em uma caixa aqui em baixo, logo seremos esmagados. A não ser que mudemos a natureza da batalha. - O ruivo deu sua opinião enquanto via as lanternas começarem a quebrar ao seu redor.
— Concordo. Sypha, vamos te proteger pelo tempo que pudermos. - O caçador falou vendo a oradora assentir levando um dos livros pelas enormes escadas saindo do campo de visão.
Belmont correu pulando o andar e se pendurando com ajuda de seu mais novo chicote para ir até um corredor estreito de madeira suspenso por correntes. Lestat pulou logo atrás dele mas assim que estava no ar sua capa cobriu seu corpo e tudo que foi visto a seguir era um corvo negro batendo suas asas seguindo o homem, Alucard que estava o observando quando pulou tinha surpresa em seus olhos, depois voltou sua atenção para o trabalho que foi encarregado de fazer.
Mais uma habilidade para a lista.
—Não sabia que podia fazer isso. - O mais novo falou vendo a ave que o seguia, que apenas grasnou como uma resposta.
Tudo tremeu novamente, Trevor quase caiu do corredor suspenso e Lestat retornou a forma humana, em pé sobre o corrimão puxando o Belmont de volta para cima, voltaram a correr em direção a entrada. Uma escada enorme, quando viram que não teria como segurar a porta para a escadaria apenas desistiram e entraram tendo que encarar as criaturas.
A primeira provavelmente era a que havia quebrado o feitiço da porta, enorme e musculosa. A dupla começou a investir ataques incessantes no monstro, que com um ataque dos machados de Lestat em seus calcanhares perdeu o equilíbrio e foi morto pela espada que Travor carregava, que ficou fincada ali mesmo, não tinham tempo pra isso já que outra criatura veio logo atrás para lutar.
Essa era esquia e usava um bastão como arma, tinha uma venda em seus olhos, Lestat o puxou consigo para fora da escadaria enquanto o Belmont travava outra batalha.
Laurent deu uma boa distância entre eles para jogar seus machados em sua direção, eles giravam no ar e arrancaram os braços da criatura da noite enquanto o ruivo usou sua velocidade vampira para ficar cara a cara com ele, seus machados fincaram no chão de madeira próximo a seus próprios pés, o vampiro só deu um chute lateral e a criatura se chocou contra o corrimão. Lestat o segurou pelas vendas nos olhos para não cair e bateu sua cabeça várias vezes contra a madeira para ter certeza que aquele bicho tinha morrido mesmo.
Quando a luta se encerrou pegou seus machados colocando-os em seu cinto e observou que Trevor estava brigando com o último no corredor de cima, era apenas um então o deixou terminar sozinho. Seguiu entre os andares laterais de volta para onde Alucard estavam com Sypha.
Quando chegou viu Sypha enfrente ao espelho com feixes de luzes azuis cercando seu corpo, mãos e o espelho, ela havia encontrado o feitiço e agora estava tentando transportar sozinha o castelo de Drácula de seja lá onde estivesse para lá.
— Faça oque eu mando. - A oradora disse irritada quando sua tentativa estava mais complicada do que deveria e o loiro a explicou que por conta das engrenagens mágicas que ajudavam na locomoção do castelo trazê-lo até ali a força seria um pouco mais difícil.
Quando ela finalmente conseguiu bateu palminhas vendo o castelo pelo espelho quebrado.
— Onde você colocou o castelo, Sypha? - Lestat perguntou escutando coisas estranhas logo na superfície a cima deles.
— Está bem acima de nós. - Na hora que terminou a frase toda sua animação some e ela percebi oque fez. — Ah, bem. Eu trouxe ele pra cima desse espaço subterrâneo que provavelmente só se sustenta por terra e madeira. - Falou ironicamente e nervosa.
Lestat e Alucard suspiraram com a fala da mulher se encarando e logo relembram tudo que tinham pra fazer agora.
— Vamos logo. - O meio vampiro disse e os dois o seguiram entre os corredores para encontrar Trevor.
Agora a batalha iria começar de verdade, provavelmente seria um ato de suicidio mas oque custava tentar, não é?
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𝗚𝝝𝗗'𝗦 𝝝𝗙 𝗪𝝠𝗥 - 𝑨𝑳𝑼𝑪𝑨𝑹𝑫
Fanfiction𝕯𝖊𝖚𝖘𝖊𝖘 𝕯𝖆 𝕲𝖚𝖊𝖗𝖗𝖆 ✔︎ ➪ Até mesmo demônios como nós podemos amar, incondicionalmente, perdidamente. Acho que todos merecemos, então vamos, querido. Viver nosso romance vampiro, louco e desenfreado pela eternidade que temos pela frente. ⁃...