𝟎𝟎𝟑.

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— Que ótimo, vamos morrer para um exército de criaturas da noite ou melhor pra um exército de vampiros. Ah, não podemos deixar a corte do Drácula de fora. - Lestat listava suas possíveis causas de morte sentado no chão em frente ao baú com suas roupas calçando suas botas de cano longo.

Se levantando tirou a capa negra com pelo de animal próximo ao pescoço e ligado por uma corrente. Agora estava "devidamente" vestido.

Usava uma blusa de linho branca que mostrava seu peitoral cheio de marcas das correntes. Em suas mãos vários anéis de diferentes formatos e tipos mas todos prateados, o único ponto dourado sendo o colar que sempre estava em volta de seu pescoço.

— Não podemos ter mais um pessimista no grupo. Venha pro meu lado, querido amigo, por favor. - Sypha o acompanhou até o outro lado da sala onde seus preciosos machados estavam.

— Uma pena, um mundo de otimismo e falsas esperanças não faz meu tipo, docinho. - O ruivo segurou as armas em suas mãos as girando.

— Me desculpe, mas vou ter que ficar com isso. Sabe como é. Não o conhecemos bem o bastante para deixá-lo andar por aí armado. - A oradora tinha completa razão, não se podia confiar em muitas pessoas no mundo em que viviam atualmente. Até mesmo a que mais confiava poderia facilmente te matar enquanto dorme apenas para poder fazer uma refeição decente.

— Como a senhorita quiser. - Ele os colocou nas mãos da ruiva e seguiu para próximo aos degraus onde Alucard estava de braços cruzados observando a cena se desenrolar, mas apenas Sypha parecia ter percebido algo cair de trás do quadro de madeira.

— Pau mandado. - Trevor que estava descendo as escadas sussurrou baixinho.

— Eu ainda preciso me alimentar, sou apenas um pobre vampiro faminto. - Lestat se dirigiu aos homens na porta.

— Vai se alimentar de sangue animal. Se matar um humano que seja, você vai ser o próximo a morrer. - O Belmont falava com autoridade impedindo a passagem.

— Nunca bebi sangue humano mesmo, não vai fazer falta.

— Eu vou te acompanhar. - Alucard descruzou os braços se afastando da porta subindo junto do ruivo.

— Não é para o deixar ir longe, talvez isso só seja a oportunidade que ele tanto espera. - Trevor disse baixo para o loiro enquanto Lestat olhava para tudo ao redor, era realmente um lugar fascinante.

— Você está bem preocupado, vai dar certo. - O meio humano deu um pequeno tapinha no ombro do caçador indo atrás do Laurent que seguia seus instintos em direção a saída.

Quando finalmente chegaram a superfície o vampiro respirou fundo, Alucard parou um pouco atrás curioso com como ele reagiria a tudo que estava acontecendo. O homem começou a caminhar entre os destroços mas antes que pudesse dar três passos foi parado pelo voz suave do loiro.

— Não se distancie de mim, sou responsável por você e por suas ações. Trevor vai me matar.

— Eu normalmente não deixaria um homem mandar em mim, mas para você posso abrir uma exceção. - O ruivo caminhava agora de costas com um sorriso bobo em direção ao mais novo, que deu apenas uma risada logo o acompanhando floresta a dentro a procura de algum animal que não tenha sido devorado por criaturas da noite.

Enquanto caminhavam sem rumo na floresta de árvores enormes em silêncio, a lua banhava e iluminava o caminho. Apenas apreciavam os sons naturais como o vento levanto as folhas secas embora, as cigarras cantando onde os olhos nunca as encontraram e o rio trazendo sua relaxante canção de ninar.

Muito tempo depois, quando já estavam cansados de ficar em silêncio absoluto para não espantar os animais, finalmente a lua iluminou em uma campina um belo cervos se alimentando da vegetação.

Agora ele iria virar o jantar.

Lestat não perdeu tempo, logo atacando o pescoço e derrubando o animal, ficando por cima sugando todo o líquido carmesim que podia.

Todo o seu corpo se aliviou instantaneamente, um alívio extremo, como se uma bola de pelo na garganta finalmente saísse. O líquido banhando sua boca o tirou um sorriso belo e sincero de seu rosto quando respirou fundo com a cabeça levantada para cima.

— Satisfeito agora? - O loiro perguntou estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar. Encarando cena encantadora em sua frente. O sangue vermelho escorrendo pelo seu queixo marcado e pingando levemente em seu peitoral descoberto.

Perfeito na medida certa.

— Precisaria matar mais três desses para que me sentisse satisfeito. - Ele segurou a mão estendida se levantando e ajeitando minimamente o cabelo e passando a mão no rosto limpando o sangue.

Alucard riu, era extremamente fofo como seus olhos se fechavam quando ria e como suas presinhas ficavam aparente.

[...]

Sypha se abaixou pegando oque caiu no chão, ainda sobre os joelhos ela examinou oque seria.

Uma carta...

Era quase um bolo de papel de cor amarelada embrulhado e que esteve preso atrás daquela moldura por sabe se lá quantos anos mas parecia esperar para finalmente repassar suas palavras para alguém que possa realmente entender oque significa que está escrito ali com letras não tão bonitas mas também não tão parecidas com garranchos.

— Acho que algum Belmont pode ter deixado isso aqui. - A oradora se levantou entregando os pedaços de papel para o homem. Ficou ao seu lado para observar oque estava escrito, sentia um cheiro que mistério que fazia seu coração errar as batidas, tudo ali era tão bom. Gostava da sensação que aquele lugar trazia.

Talvez por ser algo passado de geração em geração, tinha uma sensação de volta ao lar. Mas Sypha não entendia muito bem já que nunca morou em um lugar fixo, afinal sempre seguiu a caravana dos oradores com que cresceu, para ela aquilo era família mas no fundo ainda sentia isso por aquele lugar.

— Mas acho que não queriam que fosse encontrado. - Ele começou a abri-la, mesmo depois de anos as letras ainda eram legíveis mesmo estando manchados e comido por traças.

" Se pegaram essas armas, as devolvam. Elas pertencem... "

001

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001. Oq será que está escrito na carta que minha linda Sypha encontrou? E não se esqueçam de votar e comentar oque estão achando dessa história, vou adorar ler todos.

𝗚𝝝𝗗'𝗦 𝝝𝗙 𝗪𝝠𝗥 - 𝑨𝑳𝑼𝑪𝑨𝑹𝑫Onde histórias criam vida. Descubra agora