𝟎𝟎𝟐.

314 55 1
                                    

Os olhos carmesim observavam o trio de pessoas desconhecidas na sua frente com atenção tentando entender oque estava acontecendo.

— Já podem parar de me olhar, não sou nenhuma aberração de circo. - A voz rouca parece estourar a bolha de pensamentos que estavam e os trazendo de volta a realidade. Todos os três tiveram reações diferentes, alguns pigarrearam e outros apenas suspiraram.

— Aí Deus, isso é incrivelmente fascinante. - Sypha observava de perto as correntes que apertavam o corpo do homem.

— Toda encantada, eu hein, é só mais um vampiro qualquer. - Trevor cruzou os braços observando o tamanho fascínio da oradora pelo ser no caixão.

— Fico feliz que esteja fascinada com algo que nunca viu, mas essas correntes machucam. Pode me tirar daqui, querida? - A voz do ruivo era como um feitiço manipulador que obrigava qualquer um a fazer oque ele mandasse com simples palavras doces e inocentes.

— Sypha. - O Belmont queria impedir um pequeno desastre, que seria provável na soltura de um ser totalmente desconhecido, seu braço quase segurando a mão que libertária o demônio. Mas foi impedido por Alucard.

— Acho que se quisermos que ele nos ajude devemos mostrar um pouco de gentileza. - A fala do loiro fez o caçador suspirar em desistência.

Alucard cortou as correntes em um movimento rápido e limpo tentando não machucar ainda mais o possível aliado.

O Laurent se levantou flutuando no ar, por algum motivo seus pés descalços tocando o chão empoeirado parecia errado. E assim que estava frente a frente com seus "salvadores" colocou uma das mãos próxima ao peito e esticou o outro braço de lado, se curvando levemente em uma reverência um tanto quanto antiquada para aqueles tempos.

— É um enorme prazer conhecê-los, minhas crianças. Meu nome é Lestat Laurent.

— Não precisa de tanta cordialidade, já que queremos pedir um favor. Aliás meu nome é Sypha Belnades e esses idiotas são Alucard Tepes e Trevor Belmont. - Ao ouvir o sobrenome Belmont o homem rapidamente olhou para o que supôs ser aquele que carregava tanto peso em suas costas.

— Já ouvi ambos os nomes, mas você não se parece em nada com aquele que conheci. Ele era bem mais bonito. - Lestat debochou, realmente não eram parecidos mas ainda tinha algo que lhe chamava atenção. Talvez fosse os olhos.

— Achei que seria mais maduro, parece um pirralho precoce. - Ambos se encararam com as testas enrugadas pela raiva que crescia.

— E porque eu deveria ajudar justo um Belmont? - Era uma boa pergunta.

— Porque eu tenho o sangue de Maeve Belmont em minhas veias. - Rapidamente a expressão do ruivo se transformou em algo suave e melancólico. Realmente aqueles olhos eram familiar.

Porque pertenciam a ela...

Aqueles olhos que tanto o observaram em adoração, com um carinho nunca visto, um amor do qual nenhum dos dois jamais pode provar porque a vida que tiveram não era o que mereciam.

Eles mereciam tanto, e tanto já lhes foi tirado...

— Tá bom, tá bom. Talvez eu ajude. - Lestat suspirou em derrota. - Mas contra oque especificamente vamos lutar?

— Contra Drácula. - Aquela foi a primeira vez que o meio humano falou em minutos.

— Vocês tão loucos, porra? - A voz alta do homem e olhos arregalados os surpreendeu, agora ele estava mostrando um pouco mais da personalidade e quem realmente era.

— Ele vai matar quase toda a população para apenas os vampiros reinarem. - Sypha falava de modo desesperado, oque faria se sua última esperança fosse despedaçada na sua cara?

— Não é uma péssima ideia, mas também seria uma merda um mundo só de vampiros. Tudo bem. - Laurent suspirou ao final da frase passando os dedos entre os fios de cabelo de olhos fechados.

— Sério? Tão fácil assim? - Alucard se impressionou.

— Não tenho nada pra fazer mesmo. - Lestat olhou sorrindo para os machados pendurados na parede. — Então é isso. Vamos ser a porra dos heróis.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝗚𝝝𝗗'𝗦 𝝝𝗙 𝗪𝝠𝗥 - 𝑨𝑳𝑼𝑪𝑨𝑹𝑫Onde histórias criam vida. Descubra agora