Capítulo 7: Sakuras

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Mais uma manhã chegou e antes que eu pudesse pensar em algo, ela já estava à porta me chamando. Me arrumei rapidamente e fui encontrá-la na sala. Enquanto descia as escadas, pensei:

— Por quanto tempo pretendo continuar fazendo isso? Estou realmente confiando nela? Ou estou apenas seguindo esse estranho sentimento? Seja qual for a resposta, o que mais me intriga é o quanto ela parece se dedicar a isso. Existe algum motivo maior por trás disso?

Apesar desses pensamentos, eu me aproximei dela e perguntei:

— Aonde vamos hoje?

— Hm... ainda não sei.

Suspirei e perguntei frustrado:

— Então por que me chamou?

— Para irmos.

— Aonde?

— Não sei.

Olhei serio para ela, mas logo respirei fundo e decidi aceitar:

— Ok. Vamos então.

Ela riu e comentou:

— Aceitou tão facilmente.

— Se eu continuar perguntando, só vou ficar mais irritado.

Ela riu novamente e disse:

— Eu só pensei em tentar algo sem planejar. Vamos andar aleatoriamente até encontrarmos algo interessante. O que me diz?

Eu comentei brincando:

— Apenas acho que você acordou sem imaginação. Mas vamos ver esse seu "brilhante" plano.

E assim, começamos a caminhar sem rumo pela cidade, explorando diferentes lojas e lugares. Ela estava especialmente interessada em uma loja de roupas onde encontrou algo que chamou sua atenção. Continuamos nossa jornada e, sem que percebêssemos, já era hora do almoço. Encontramos um restaurante recém-aberto, com um ambiente agradável, mas eu me perguntava se a comida seria tão boa quanto a aparência do lugar. Depois de almoçarmos, continuamos nossa busca pelo próximo destino.

Ela pegou o celular e parecia estar procurando algo. Após alguns minutos, ela exclamou:

— Já sei!

Respondi com um tom de curiosidade:

— Hm, o que você tem em mente?

— Que tal irmos ao cinema?

— Qual é a graça de assistir a um filme?

Ela respondeu entusiasmada:

— São histórias inventadas, a maioria delas com finais imprevisíveis. É o suspense que é importante!

— Suspense, história... hmpft! São apenas desculpas para prender as pessoas. Filmes, novelas, qualquer forma cinematográfica é usada apenas para transmitir uma mensagem, mas a maioria delas tenta...

Antes que eu pudesse terminar minha fala, percebi que ela me encarava de braços cruzados, sem expressar nenhuma emoção. Então, perguntei:

— O que foi?

Ela suspirou, perdendo as esperanças, e concordou:

— Você está certo. Os filmes são apenas uma forma de manipulação. Vamos escolher outra coi...

Antes que ela pudesse terminar sua frase, eu disse em um tom mais baixo:

— Vamos.

Ela ficou surpresa e me encarou por alguns segundos antes de começar a rir. Em seguida, disse:

A Jornada em Busca da Triste FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora