Capítulo 18: Tour

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Tão subitamente, para minha surpresa, a Ji-su havia acordado bem naquele dia. Foi uma surpresa vê-la agir como se nada tivesse acontecido. Ela agia de forma energética como sempre, não parecia que ela tinha passado tão mal até o dia anterior. Mas, mais do que isso, ela havia se esquecido da nossa discussão e me tratava bem como sempre. Eu sabia que tinha que falar sobre a discussão, porém, não quis perder a chance de mais um dia com ela, aproveitando sentimentos novos.

Era egoísta, mas foi assim que escolhi agir. Mas para ocultar o meu egoísmo, a desculpa que dei a mim mesmo foi de ser uma oportunidade de estudar os sentimentos que estava tendo até aquele momento. Não era uma mentira dizer que a preocupação incomum que senti por ela e as sensações que tive ao estar com ela me faziam querer continuar um pouco mais com aquela nossa rotina. Mas tudo não passaria de uma desculpa se eu não dissesse a verdade a ela. Porém, deixei que o tempo dissesse a verdade. Se eu estivesse errado, a verdade apareceria e eu pagaria o preço que viesse.

Enquanto isso, eu tentaria descobrir se era possível alguém se apaixonar por uma pessoa em tão pouco tempo. Ainda mais, sendo eu, a pessoa a se apaixonar.

E assim, me arrumei para mais uma de suas "aventuras". Curioso, dado o fato de que não houve tempo para ela preparar algo, perguntei enquanto caminhávamos pela cidade:

— Então, aonde vamos hoje? Tem um lugar em mente? Sem vinganças, certo?

Eu tentava falar o mais normal possível, fazendo minhas brincadeiras como sempre, mas era um pouco difícil, pois eu sentia a culpa por isso. Quando a via rir do que eu falava, era ainda mais duro o peso que sentia em meu peito. Mas estava bem assim, contanto que eu sentisse que estava errado, continuaria. Contudo, talvez eu não conseguisse me manter assim por muito tempo.

Em resposta à minha pergunta, ela respondeu:

— Eu havia planejado algo, mas você disse que eu passei três dias na cama, né?

— Sim.

Ela então exclamou frustrada:

— Droga!

— Por quê?

Ela pensou um pouco e logo respondeu sorrindo:

— Hm, segredo. — Em seguida, continuou — Bom, de qualquer forma...

Ela então pausou sua fala subitamente e logo prosseguiu, curiosa e espantada:

— Espera, se eu passei três dias na cama e pela manhã eu e minha cama, assim como minhas roupas, pareciam limpas...

E franzindo as sobrancelhas como se estivesse surpresa, ela perguntou relutante:

— Você não...

— Sim.

Respondi rapidamente e com calma.

Ela, por sua vez, um pouco nervosa e constrangida, tentava falar:

— O qu... A-Até o meu corpo?!

Ainda calmo e breve, respondi:

— Sim.

Ela me encarava confusa, sem saber o que falar ou fazer. Então ela apenas perguntou:

— E-Eu permiti isso?

E com um sorriso que ia de um canto ao outro, mas em tom sarcástico, respondi:

— Claro.

Perplexa e corando, talvez sem saber o que pensar, ela me encarava com olhos cintilantes, mas eram apenas lágrimas que queriam descer. Em seguida, ri dela enquanto ela me encarava sem entender o motivo do riso. Prossegui andando até ela, e pondo a mão levemente em sua cabeça, acentuando ainda mais sua perplexidade, disse:

A Jornada em Busca da Triste FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora