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SIERRA POV.

Levantei cedo de manhã e caminhei até a praia. Eu estava com a minha prancha e minhas roupas de banho e só precisava pegar umas ondas e esquecer de toda merda que rolou nos últimos dias.

Eu precisava tirar Tom da minha cabeça, aquilo não era normal.

Peguei algumas ondas, dei alguns mergulhos e deitei na minha prancha sob a água naquele silêncio e naquela paz que o lugar era de manhã. Os sons dos passarinhos e a água cristalina, só pra mim.

Eu poderia ficar assim por horas, viver nessa paz e calmaria que o mar tinha. Era tudo oque eu precisava.

Comecei a nadar de volta para a areia e joguei a prancha no chão me sentando em cima dela. 

— Sierra?

Escutei uma voz masculina se aproximando e olhei pra trás. Era o mesmo menino da fogueira, Cody.

— E aí? — Forcei um sorriso e ele jogou sua prancha do meu lado, se sentando em cima dela e observando o mar.

Ele estava apenas de bermuda e foi uma surpresa saber que ele surfava também. Era bem legal na verdade.

Vi ele acendendo seu cigarro e seu cabelo estava molhado pra trás. Sua pele era perfeita como se não houvessem imperfeições e seus olhos estavam mais claros que o daquela noite.

Não podia, não podia ser ele. Eu não queria que fosse ele e rezava pra que o meu pai estivesse falando de outro Cody naquele dia. Ele não poderia ser o filha de Eva.

— Cody... — Falei chamando a atenção dele e já sabendo a resposta.

— Sierra... — Ele suspirou já imaginando oque eu perguntaria.

— Você é o filha dela, não é?

Não precisei falar nomes. Ele já sabia do que eu estava falando.

— Infelizmente. — Ele me olhou frustrado.

— Foi meu pai que te mandou aqui? Meu pai que te mandou ir até a fogueira e mandar você ficar de olho nos filhos perdidos dele?

— Não, Sierra. — Ele respondeu. — Não foi nada disso. Não menti pra você quando disse que minha mãe queria que eu me enturmasse com as pessoas daqui. Também foi uma surpresa quando te vi lá, eu só tinha visto por fotos.

— Que merda. — Lamentei.  — Tem que sair daqui, se meu irmão saber quem você é, ele vai te matar.

Falei me levantando e pegando minha prancha.

— Parece que todo mundo que me interesso ultimamente acaba de algum jeito sendo da família. — Resmunguei e ele me encarou.

— Oque? — Ele perguntou jogando o cigarro fora.

— Esquece.

Balancei a cabeça e caminhei saindo dali com minha prancha.

Enquanto eu voltava pra casa, vi um dos amigos de Tom entrando dentro do carro e saindo. Entrei em casa e subi as escadas.

Tudo estava em silêncio, então resolvi tomar um banho e tomar café.

11 a.m

Não tinha visto ninguém ainda. Bill eu sabia que tinha saído para seu novo estudio, mas Tom não parecia ter acordado ainda.

Dei algumas batidas na porta e abri devagar. Ele estava ali. Arrumando sua guitarra e com fones de ouvido. Tom estava suando.

— Tom? — Chamei a atenção dele tirando seus fones e ele me olhou sorrindo.

PALOS VERDES || TOM KAULITZ.Onde histórias criam vida. Descubra agora