11 • Play with fire.

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SIERRA POV.

Eu estava lendo algumas coisas no meu computador e ouvi alguém bater na porta.

- Sie... - Era Tom.

O encarei me ajeitando na cadeira e ele se aproximou de mim.

- Quer dar uma volta? - Ele perguntou e dei um sorriso concordando.

- Pode ser. - Falei e o encarei curiosa. - Tá querendo fazer oque?

Perguntei olhando o horário e era dez da noite.

- Lembra aquela casa que invadimos? - Ele perguntou e concordei. - Poderíamos fazer dela igual nossa antiga casa da árvore.

Dei risada. A casa da árvore era nosso esconderijo principalmente quando estávamos mal.

- Quer invadir de novo aquele lugar? - Perguntei me levantando. - A gente vai se dar mal alguma hora fazendo isso.

- Relaxa, tá tranquilo. - Ele disse e suspirei concordando. - Se troca e a gente vai.

Ele falou me olhando e saiu do quarto com um sorriso de canto.

(...)

Estávamos dentro do carro e Tom fazia o caminho até a casa. Ele colocou algumas cervejas no carro para bebermos lá e eu sentia o vento bater contra meu rosto.

Olhei de canto e Tom tinha habilidade no volante. Ele usava uma blusa larga verde, uma calça jeans grande e um tênis preto com seu boné.

Ele fumava um cigarro enquanto íamos e eu tinha atenção na música. Dei um sorriso descendo o olhar no pescoço dele e vendo a tatuagem com a data do meu nascimento.

Eu não consegui expressar tanto, mas, Tom tinha me surpreendido demais fazendo isso.

- Chegamos. - Ele jogou o cigarro pra fora e saímos do carro.

Tom pegou as cervejas e fizemos o mesmo caminho da primeira vez. Passamos pelo muro pequeno e as portas de vidro estavam abertas. Parecia que ninguém tinha visitado o lugar desde aquele dia.

Caminhamos até o espaço da piscina e acendemos apenas a luz azul dela, evitando chamar atenção de alguém ali.

A luz dava uma iluminação boa na área e nos sentamos nas cadeiras um do lado do outro.

- Você tá bem? - Ele perguntou com sua expressão séria e se sentando de maneira despojada na cadeira com a cerveja em suas mãos. - Ela só falou besteira.

Ele disse sobre nossa mãe.

- Ultimamente ela vive falando besteiras. - Suspirei o observando. - Tom, não pode deixar que ela te controle. Ela te trata como marido dela, você não precisa ter tantas responsabilidades assim.

- Ela não consegue superar o papai. - Ele tomou um gole da cerveja e olhou para a piscina. - Ela tá cega.

- Não importa, você não tem nada haver com isso. - Falei preocupada com toda essa situação.

- Nunca imaginei que veria vocês brigando daquele jeito. - Ele falou me encarando.

- Eu não aguento ver ela agindo assim com você. - Revirei os olhos e abri a cerveja.

Tom deu uma risada fraca.

- Tá, vamo parar de falar sobre ela e quão louca está ficando. - Rimos e ele concordou. - E esse lance com os meninos do bar? Deveriam montar uma banda logo.

- Na verdade... - Tom disse e tomou um gole da cerveja. - Eu já resolvi isso.

- Espera! vão mesmo formar a banda? - Perguntei animada e ele deu uma risada sem graça.

PALOS VERDES || TOM KAULITZ.Onde histórias criam vida. Descubra agora