Part 20

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Nota dos autores:

Boa noite!!! Tudo bem? Lá vem mais um capítulo fresquinho <3

AVISO: Assuntos sensíveis.


***



{Hirota Riki}


Quando acordei estava novamente em uma cama de hospital. Sakura-noona estava discutindo com uma médica de longe, no ambiente eu conseguia ver Junwon mexendo no celular e do outro lado na beira da cama estava Harua com os olhos fixos em mim. Me assustei um pouco.


- Você vai ficar com o gesso no braço por um bom tempo, mas vai ficar bem. - Ele falou baixinho e os outros não perceberam que eu estava acordado.

- Por que a noona está brigando?

- Ela quer que você fique internado para cuidar dos ferimentos, mas o médico não acha isso necessário.

- Ah... Certo. - Pensei que ficaríamos calados, porém Harua voltou a falar.

- Como você está, não digo sobre o corpo, mas sabe..? - Ele apontou para a minha cabeça. - Junwon me disse o que aquele cara iria fazer com você se não chegássemos à tempo.

- Eu estou bem. - Falei simples e ele me olhou estranho. Não era nada demais.

- Oh, você acordou? - Junwon saiu do celular e Sakura-noona parou de brigar com o médico e se aproximou de mim. Eu odiava esse momento em que todos me olham com pena e como se eu fosse de vidro.

- Quando eu terei alta? - Perguntei à ela quando a mesma se aproximou.

- Amanhã, essa noite você vai passar em observação, não se preocupe que eu irei ficar com você.

- Não. - Fui incisivo e ela bufou.

- Riki... Desculpa. - Ela se corrigiu. - Maki, você não pode ficar sozinho. - Eu sabia que era verdade, mas se eu tivesse que ficar com ela certamente viria um turbilhão de perguntas que eu definitivamente não queria responder no momento.

- Então o Harua vai passar a noite comigo. - A escolha era simples, ele com certeza não iria me pressionar. Todos da sala me olharam meio incerto porém a noona cedeu. Demorou um pouco mas no fim só sobrou eu e Harua na sala.


{&}


O silêncio que eu tanto queria e escolhi ter começou a me incomodar, já tínhamos jantado e agora só estávamos esperando as luzes apagarem para dormir. Ele estava sentado na poltrona desconfortável perto de um pequeno armário longe de mim. Não trocamos palavras nenhuma vez sequer.


- Aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou olhando para o celular. Não sabia se era comigo, mesmo que só tenhamos nós dois na sala, ou talvez ele poderia estar em uma chamada por telefone. Ele saiu do aparelho e olhou diretamente para mim. - Está me encarando faz uns quarenta minutos.

- Desculpa. - Falei rápido e desviei meus olhos para o lado oposto de onde ele estava. Não parecia o suficiente então eu virei completamente meu corpo para o outro lado.


Ficamos novamente naquele silêncio, daqui dava para ver o relógio na parede, indicava nove e cinquenta e um, daqui a nove minutos as luzes iriam apagar. Era muito estranho dormir no hospital de novo, a última vez que dormi nesse ambiente foi quando minha vó ficou internada com problemas cardíacos, quando virou meia noite, ela faleceu. Eu não gostava desse lugar. Passou mais um minuto.

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