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Part 3

NOTAS DO AUTOR

Não tenho muito o que dizer aqui... Acho que vou deixar essa história em hiatus por um tempo ou simplesmente excluir. Mas como tenho essa parte escrita - no caso o terceiro capítulo - faz dó deixar guardado.
#ISY

  {Takayama Riki}

Quando acordei eu rapidamente me arrumei, no espelho eu conseguia ver meus olhos inchados. E com uma enorme preguiça fui ao banheiro.

- Cadê? Cadê... Aqui! - Peguei meu estojo de maquiagem que tinha poucas coisas, a maioria era roubada do K-hyung que insistia em dizer que tinha uma pele boa sem esforço. E obviamente era mentira, é humanamente impossível uma pessoa que passasse tanto estresse quanto ele não ter ao menos uma espinha de estimação, além disso, o pior era quando ele afirma isso mas o tom da base era muito destoante do tom do corpo. Jo-hyung até tentava defendê-lo, mas no final sempre acabava rindo dos argumentos que o namorado tentava encontrar. No fim, fiz algo leve que adicionasse sombras nos olhos e um corretivo que retirasse a vermelhidão ao redor. - Acho que está o suficiente. - disse a mim mesmo e sai do quarto.

Fuma tinha olheiras longas abaixo dos olhos. Eu podia ver claramente isso estando a 5 metros de distância. A discussão de ontem deve ter feito Nicholas-hyung quebrar "sem querer" mais alguma coisa, era sempre tudo muito previsível.

- Bom dia. - disse normalmente, eu sei que seria tocar em pontos sensíveis, mas não pude me conter. - Fuma-hyung, cadê Nicho-hyung? Quebrou mais alguma coisa? - E dei uma risadinha enquanto me sentava na mesa. Provavelmente toquei no ponto chave, e tive ainda mais certeza pela forma que o Murata bufou e saiu da casa descendo as escadas.

- Precisa falar isso? Você sabe como eles são. - Jo me repreendeu, mas eu conseguia ver uma sombra de sorriso discreto em seu rosto. Fuma não conseguia dormir direito há 5 dias porque Nicholas decidiu permanecer aqui por uma semana, a questão era que Fuma pensava que ele iria quebrar todas as suas miniaturas durante a noite e não pregava os olhos para vigiar seus bonecos preciosos. Não tinha percebido a aproximação do Murata do meio, então me surpreendi quando ele falou.

- Bom dia, Taki-kun. - Dei um pulinho no lugar, mas logo disfarcei. Yuma-hyung despejou chá em uma xícara e me entregou, pelo cheiro era camomila. Eu olhei para o copo mas não peguei de sua mão, ele ficou um tempo olhando para mim e o copo mas minha mente voou para outro lugar. Se eu pensasse bem, as gentilezas dele não eram apenas como de hyung-dongsaeng, ele nunca tratou nem mesmo Harua-hyung assim.

Era comum esses pequenos gestos, ele sempre fazia chás e cafés diferentes quando eu ficava para baixo ou queria algo diferente para tomar. Quando algum cliente não buscava os lanches ele os trazia para mim. Sempre comprava coisas aleatórias que supostamente lembrassem de mim, mesmo que vagamente. Além da mania de passar as mãos no meu cabelo. Ele não fazia essas coisas com Harua que era seu irmão mais novo, mesmo que houvesse afeto entre eles. Ele também não era próximo desse "jeito" com o Maki-ah, muito menos colocava o casaco nos ombros dele quando estava muito frio, porque Yuma-hyung nunca se importou muito com essas coisas com pessoas alheias. Céus, como eu não tinha notado antes?

No fim ele colocou o copo na mesa.

- Eu já vou indo, tenho meia hora livre antes de continuar as entregas. - Yuma-hyung falou para ninguém em específico. - Tome o chá enquanto estiver quente, está frio lá fora. - Ele estava com uma expressão decepcionada, e me deu um sorriso sem graça.