Capítulo 04

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As vésperas do dia de ação de graça Marina estava com o dia corrido porque as mulheres de Alpharetta movimentava o salão para estarem lindas pra comemorar com seus familiares. Isso era muito bom pois além do salão estar cheio era um dia emotivo e Marina preferia ficar com a cabeça ocupada.
Todos anos ela passava essa data com suas amigas e também com os idosos no lar mas esse ano daria uma passada na casa de Sarah já que os idosos havia deixado o lar pra reforma, já fazia alguns dias que o vizinho de Sarah havia começado o trabalho e estava dando tudo certo o teto sendo reformado já era um começo porque haveria muito mais trabalho por lá.
__Meninas podem ir embora eu termino de organizar tudo, vão se preparar pro dia de amanhã.
Marina dispensou suas ajudantes e continuou ali organizando e arrumando o salão, ouve tempos que sofria muito em datas assim onde se imaginava com uma família grande e sonhava com uma mesa farta e  todos conversando e rindo.
Ao terminar tudo foi colocar o lixo na parte dos fundos do salão já era muito tarde se passava das vinte duas horas colocaria o lixo e depois subiria pra sua casa pra poder finalmente descansar.
___Quem esta aí?
Se assustou ao perceber que tinha alguém ali deitado no chão, mas não houve resposta apenas um gemido. Marina se aproximou um pouco mais e percebeu que a pessoa ali deitada não estava nada bem.
___Seu Robert o senhor está bem?
Perguntou aflita assim que reconheceu o pai do Bob.
Ele apenas gemia e ao ve_lo ferido decidiu chamar uma ambulância e ficou ali ao lado dele aguardando e segurando sua mão, depois que Sarah contou a história deles pode entender um pouco o quão ele sofria depois de ter sido abandonado por sua esposa, não havia sentimento mais doloroso por isso sentiu compaixão por ele.

Bob não podia deixar de se preocupar com seu pai quando tinha suas recaídas com álcool, já era de ser esperar foi no dia de ação de graça que sua mãe havia partido destruindo os sonhos daquela família.
Então todo ano nesse dia ele sofria ainda mais, não entendia como seu pai ainda se deixava se abater tanto mas já tinha deixado de tentar compreender e por vê seu pai assim não conseguia perdoar a mulher que era sua mãe.
___Pai onde o senhor está?
Falou pra si mesmo já se preocupando porque viu o pai de manhã e ele não tinha retornado ainda, deitou no sofá e ligou a tv pra assistir o jornal local enquanto o aguardava.

__Marina o que houve?
Nany que estava de plantão no hospital foi logo perguntando enquanto Mariana acompanhava os enfermeiros levando o Sr Robert para o atendimento.
___Eu encontrei caído nos fundos do salão amiga.
Falou emocionada ao ve_lo entrar no pronto atendimento.
___Eu vou acompanhar o atendimento e já volto pra te trazer notícias.
E assim Marina ficou ali inquieta aguardando notícias, não saberia dizer mas estava sentindo um aperto no peito ao imaginar a situação daquele homem, se pudesse fazer algo pra ajuda lo.
__Marina, ele já foi atendido e tirando os ferimentos que pode ter sido causado pela queda, estamos controlando a pressão que estava muito alta.
___Ele vai ficar bem Nany?
___Sim, mas dependerá dele, terá que largar o álcool pra ter uma saúde melhor.
Marina ficou pensativa e pensando que ele era muito novo pra se afundar na bebida e tristeza assim.
___Agora amiga precisamos avisar o Bob que o pai dele está aqui e ficará em observação.
Marina assentiu e pediu pra dar uma olhada no Sr Robert antes de ir pra casa descansar.

Bob acordou com o telefone tocando, era do hospital avisando que seu pai estava internado, assim que atendeu saiu apressado para estar com o pai.
Passou a noite com ele depois de ouvir o o médico dando o boletim e os cuidados que precisaria ter com ele, ficou surpreso ao saber quem tinha encontrado e levado até o hospital.
___Bom dia Sr Robert vim vê_lo como o Sr está?
Bob acordou e percebeu que seu pai não estava sozinho e que estava conversando com alguém permaneceu ali com os olhos ainda fechado quando reconheceu de quem era aquela voz, e seguiu ali deitado ouvindo a conversa entre os dois.
___Obrigado filha por ajudar esse velho  bêbado que só dá trabalho.
Escutou a voz do seu pai que trazia tanta tristeza.
___O Senhor não meu deu nenhum trabalho e promete que fará um repouso certo longe de bebidas?
__Nao é tão fácil assim filha, as vezes não tem como evitar.
___Mas eu sei que o Senhor consegue, só precisa de ajuda e recomeçar novamente.
Bob não resistiu e abriu um olho pra vê os dois conversando e ficou sem reação quando viu Marina segurando a mão de seu pai confortando com tanto carinho, não saberia se seu pai iria atender o pedido dela mas gostou de vê a interação dos dois ali, como se enganou com aquela mulher.
Ela poderia estar em qualquer outro lugar no dia de ação de graça mas estava ali sendo solidária e carinhosa com seu pai.

Marina bem que tentou não pensar no dia anterior mas acabou cedendo a vontade e indo ao hospital pra saber como aquele senhor estava, chegou e logo viu Bob dormindo no sofá, ignorando o fato dele estar ali começou uma conversa com Robert tentando mostrar pra aquele Senhor que tinha que lutar pela sua vida e deixar aquele vício que estava destruindo a cada dia.
Não chegou de mãos vazia como não sabia se podia levar algo arriscou um café.
___Olha o que eu trouxe, amo o café da Flora toma vai se sentir melhor.
___Também gosto muito, junto com uma boa fatia de torta de chocolate.
Concluiu Robert.
___Sério? É a minha preferida também.
Continuaram ali conversando como se fosse dois amigos antigos, Marina tinha facilidade de fazer amizades mas com Robert parecia que se conhecia a muito tempo. Neste momento Bob já estava sentado observando os dois ali e ela em nenhum momento olhava na direção dele mas podia sentir os olhos dele sobre ela.
___Que bom que esta aqui me fazendo companhia filha mas deveria estar se divertindo em algum lugar que não fosse aqui no hospital.
Bob ficou curioso e observando o que ela iria responder.
___Daqui a pouco vou dar uma passada na casa da Sarah e não tenho problema nenhum em estar aqui com o Senhor, geralmente eu divido esses feriados entre minhas amigas e o lar dos idosos mas como eles tiveram que deixar o local este ano para reforma não vou estar com eles.
___Que bom filha aquele lugar precisava de um reparo, sei que você é umas das responsável e fico feliz em saber que eles podem contar com pessoas de bom coração assim como você.
Marina abaixou a cabeça lembrando que a poucos dias teve um conversa com aquele homem ali sentado no sofá e não gostava de lembrar o quanto foi frio diferente de seu pai que mesmo com dificuldade com o vício se demostrava amoroso e preocupado com aqueles idosos necessitados de ajuda.

Meu Lado Arrogante__Serie Recomeços__Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora