Meu Lado Arrogante__Serie Recomeços__Livro 2

Capítulo 18

___O que você quer?
disse Robert já um pouco alterado depois que a surpresa da aproximação daquela mulher havia passado.
___Não sabia que você estava namorando alguém que tinha idade pra ser sua filha.
Marina ficou assustada com aquela insinuação mas não estava entendendo nada ainda do que estava acontecendo.
___Não diga bobagens, não que isso seja da sua conta, mas ela é como uma filha para mim.
Marina continuava confusa, conhecia Robert o suficiente pra perceber que ele estava a ponto de perder o controle.
___Se você nos der licença, estamos de saída.
Fez sinal pra que o garçom fechasse a conta, estava tão alterado que queria sair dali o mais rápido possível.
___Você já foi mais educado Robert... essas palavras foram o suficiente pra que ele perdesse o pouco controle que tinha e disparou.
___Você tem sorte que é mulher, e já te aviso, não sei o que se passa nessa sua cabeça, mas fique longe de mim e do meu filho.
___ Nosso filho.
Então Marina compreendeu que estava diante da mulher que abandonou pai e filho anos atrás e depois de tanto tempo se achava no direito de ter uma conversa e só então lembrava que tinha um filho.
___Deixou de ser quando você se foi, Margareth.
Essas palavras foram o suficiente pra mexer com a pose que vinha mantendo.
___Preciso vê-lo.
___ Porque ? O dinheiro acabou?
Marina percebeu que todos do restaurante estavam olhando curiosos, a mulher a sua frente estava dando um show, parecia querer fazer barraco e sabia que Robert estava afetado com a situação, então resolveu interferir na conversa.
___Vamos sair, lá fora vocês poderão conversar melhor.
___Não, vamos embora filha___Olhando pra mulher disse___Conversaremos outro dia.
Robert dirigia o carro apertando com força o volante, dentes trincados, a raiva era evidente em cada músculo do seu corpo, Marina não sabia o que fazer, estava perdida não sabia o que dizer pra ajuda-lo.
___Senhor Robert, vamos parar um pouco, você precisa se acalmar.
disse Marina.
___ Eu nunca pensei que ela teria coragem de aparecer na minha frente outra vez.
Falou enquanto parava no acostamento da rodovia.
___Você acha que ela pode ter vindo em busca de perdão?
___A única coisa que ela quer é mais dinheiro, provavelmente o que ela roubou, acabou, eu demorei reconhecer mas a verdade é que ela sempre foi esse tipo de mulher eu que a amava demais para enxergar isso.
___ Não quero imaginar como será pra Bob ter a mãe tão próxima.
Ela já estava preocupada com a reação dele, sabia da mágoa que Bob carregava pelo abandono da mãe.
___Ele não pode saber.
___Mas Robert eu...
Sendo interrompida por ele, Marina percebeu a preocupação nos olhos de Robert.
___Bob está bem agora, como a tempos não o via, não posso estragar esse momento de paz que ele está, prometa que não vai contar, me prometa minha filha.
Marina percebeu a angústia de Robert, mas não gostava de mentiras, entendia o sofrimento do pai, Sarah havia contado a Marina como Bob mudou depois que tudo aconteceu, como ele se fechou e foi tomado pela raiva, pelo rancor, parecia que tivera perdido a alegria de viver.
___Não contarei nada, desde que o senhor fale com ele na hora certa.
Então Robert afirmou com a cabeça e voltaram pra casa naquele início de tarde.
Já na segunda feira Marina não conseguia esquecer o episódio com a mãe de Bob no dia anterior, teve pesadelos e estava inquieta, se sentia aflita, o dia passou arrastado, não havia falado com Bob desde domingo a noite quando trocaram mensagens antes de dormir.
Já eram quase 10 da noite e nada do sono chegar, Bob já devia estar na cidade mas ela não sabia se ele viria vê-la e isso a deixava ansiosa, ela não queria admitir, mas estava com saudades.

Bob não dormiu bem a noite, sentiu falta de dormir agarrado com Marina, não via a hora de todos os compromissos do dia acabarem pra poder voltar pra cidade e pra sua rotina diária, trabalhar e depois ir casa pra dela.
Reunião terminada ele e Sam estavam de volta a caminho de casa, iriam chegar bem tarde depois das dez da noite, mas eles não queriam passar mais uma noite ali.
___ Que dia hein amigo?
Sam murmurou com expressão de cansado.
___Nem me fala, e ainda falta a vistoria da obra, iremos fazer amanhã?
Bob sabia que seu amigo estava com bastante coisas pra resolver mas eles teriam mais uma semana de muito trabalho.
___Sim, depois que eu tirar uma boa noite de sono e matar a saudade da minha noiva.
Bob sorriu mas não quis provocar o amigo porque ele o entendia muito bem, não via a hora de ter a sua morena nos braços novamente, sempre gostou de ter uma boa companhia mas com Marina ele queria estar o tempo todo, isso ele teria que reconhecer que a partir daquele momento seria assim.
Por volta da meia noite quando Bob tocou a campainha da casa de Marina, ele estava decidido ir dormir em casa por ser tarde, mas não conseguiu passar mais um dia longe, quando Marina abriu a porta foi como ter o vislumbre da perfeição, ela estava de pijama, cabelo bagunçado, mas mesmo assim era a criatura mais linda que seus olhos já viram.
___Oi...
Marina lhe disse ofegante, e quando se jogou nos braços dele, percebeu que ela estava tão desesperada de saudade quanto ele.
Bob a beijava com necessidade, as roupas foram ficando no caminho, desesperados pelo toque um do outro, e se amaram loucamente, em um sexo bruto, carregado de sentimentos.
___Sua barriga roncou? Você não jantou?
Os dois estavam na cama, compartilhando de um silêncio gostoso, até que um barulho chamou atenção de Marina.
___A minha fome era de outra coisa, agora já estou satisfeito...
disse Bob enquanto a beijava mais uma vez.
___A tá bom espertinho, você quer que eu esquente comida pra você?
Marina tentava mudar a conversa que a deixou tímida , ele gostava de vê-la corada isso era uma das características dela que ele vinha conhecendo.
Ele a observava enquanto preparava algo pra ele, sem conseguir mais a abraçou por trás enquanto depositava beijos em seu pescoço estava gostando daqueles momentos que estavam dividindo.
Depois que jantaram voltaram a se amar, só que dessa vez foi um sexo lento e preguiçoso que ambos não tinham pressa que terminasse enquanto se beijavam apaixonadamente.
Os dias foram passando e aquela rotina já fazia parte da vida dele, trabalhava muito e a noite encerrava na cama dela, nos braços dela.

Marina acordou com seu despertador como era de costume, todos os dias relutava pra levantar porque queria ficar mais pouquinho deitada, só então que sentiu os braços de Bob em sua volta.
A noite havia sido incrível que ambos acabaram apagando em um sono profundo.
___Bom dia, minha linda.
Marina não sabia como reagir, era a primeira vez desde que começaram a se relacionar que Bob acordava ao seu lado, estava acostumada a acordar e a cama ao seu lado estar vazia, mas gostou de ter ele ali do seu lado.
___Bom dia Bob.