Amor | Veigh

Capítulo 1

Ísis
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Abraçada com ele enquanto vejo o mar ir e voltar. Eu me sinto segura e confiante em seus braços, ele é tudo que eu precisava.

Thiago me traz paz e confiança, eu sei que antes de um rolo somos amigos, bem amigos, mas foi meio impossível tê-lo para mim apenas como o cara que eu costumava compartilhar meus segredos.

Ele beijava a lateral da minha cabeça e logo encaixou a cabeça em meu pescoço dando um cheiro bem em cima da minha tatuagem “QVVJFA?”.

“Quantas vezes você já foi amado?”

Não sei exatamente quantas vezes, só garanto que a porcentagem foi pouca, mas nesse momento, eu tô sendo MUITO amada.

—Vamo' voltar para a realidade casal? -revirei os olhos-

Gustavo é o meu melhor amigo, eu ganhei de fato mais um irmão, ele que fez isso entre eu e o Thi  acontecer. Mas agora tenho que dar devida atenção ao meu amigo que foi negado o pedido de namoro e trocado por outro cara pela ex ficante.

—Vou me jogar no mar rapidinho. -concordei e ele se soltou de mim-

Viemos ver o dia amanhecer, já que o calor e a proximidade da casa que alugamos permitiu.

Tirei o foco do Thiago que estava tirando a camisa e olhei para o Guh que tava com a cabeça apoiada no meio das pernas e a Ilana que  estava sentada um pouco mais longe olhando para o lado oposto que o nosso.

Puxei ele para um abraço de lado que deitou a cabeça em meu ombro, enquanto eu observava o Veigh entrando no mar umas gotículas de lágrimas escorreram pelo meu ombro.

Eu não suporto ver meu amigo assim por causa de uma mina que nem merece.

—Ai amigo, não chore por conta daquela feiosa.

—Essa parada dói muito, Sisi.

Respirei fundo beijando o topo de sua cabeça.

—O amor é uma droga.

Ele diz e eu prefiro não revidar.

—O amor não é uma droga, isso -mostrou o maço de maconha em suas mãos- é uma droga. A pessoa a qual você escolheu que é idiota.

Ela iria dizer mais alguma coisa porém se calou de vez e se levantou e caminhou para a saída da praia.

Meu amigo cobriu um pouco o rosto e logo um soluço saiu de sua boca. Gustavo não consegue desabafar, então eu também não consigo o ajudar.

Thiago voltou e como o dia já havia amanhecido decidimos voltar, fomos o momento todo calado e eu fiquei brincando com os meus próprios cachos para destrair minha mente.

Quando chegamos eu fui logo para o banho, quando sai encontrei minha amiga na cozinha comendo alguma coisa.

Parei próximo a ela que colocou a sua melhor cara de deboche.

—Calma que a defensora dos sem amores está chegando. -diz irônica-

—Precisava?

—Necessitava!

—Não vi mínima necessidade, o que aconteceu já passou.

—Não passou, Ísis -negou e dessa vez me olhou- Eu o amava, para você é fácil dizer “já passou” até porque não foi você que foi deixada de lado por outra mina que é o seu oposto.