TIB 🇧🇷
"Isto representa o Brasil mais que futebol e samba."
• ISSO É O BRASIL •
Daniel Albuquerque é filho de um importante advogado da elite carioca, e sua criação privilegiada o cegou diante os problemas sociais fora de sua bolha. Então, sob a...
Estou aqui com o capítulo inteiro para dizer que demorei, mas não desisti.
Quero agradecer a todos que me enviaram pix nesse meio tempo e dizer que graças a vocês consegui arrumar meu celular e continuar escrevendo. Amo vocês.
Caso alguém queira mandar mais alguma coisa, meu pix segue sendo meu celular, então também podem me mandar mensagens:
1298884-3172 (Karen C.)
Não se esqueçam de comentar bastante e votar, para me ajudarem nas métricas da fic. Assim, conseguirei chamar a atenção de alguma editora para transformar TIB 🇧🇷 em livro.
Bom Carnaval, mas não bebam, não usem drogas e não façam sexo sem camisinha.
Crueger A mãe das gays
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Arte por @o_homem_saudade(IG)
"O fogo é a prova do ouro; a miséria, a do homem forte" Sêneca
2.0 Thiago M.
Na última vez que botei meus pés na paróquia, ela estava lotada de gente. A concentração de moradores pelos bancos e pelos corredores atrapalhou minha passagem e a visualização do altar. Porém, naquela manhã os feixes de luz que atravessavam os vitrais e clareavam o interior da igreja vazia, mudaram minha perspectiva, como se fosse Deus me acompanhando através dos seus raios de sol. Eu caminhei pelo corredor principal com os desenhos coloridos nos vitrais, me contando uma história conforme me aproximava do púlpito. Quando parei na frente do altar, eu encarei a enorme cruz onde Jesus permanecia pregado na parede. Seu rosto cheio de sofrimento e os olhos marejados virados para cima, eram a verdadeira representação do aflito que nós sentimos quando mesmo destruídos, continuamos confiando no Senhor. Jesus clamou, não por sua vida, mas para que seu pai perdoasse todos os que o torturaram e o deixaram para morrer. Na moral, queria ter só um terço da sua santidade, porque se tentassem fazer comigo, o que fizeram com ele, quem ia parar numa cruz não seria eu. E com todo o meu respeito pelo homem que morreu pela nossa salvação, eu me ajoelhei diante dele e fiz o sinal da cruz com minhas mãos.
- Bom dia, Thiago! - a voz do Padre Vicente soou a minha esquerda. O homem abandonava a Sacristia, ajeitando o colarinho da sua camisa social. Eu admirava o quanto ele se mantinha elegante naquele clima insuportável do Rio de Janeiro. Talvez, homens santos não sentissem calor já que estavam mais próximos do Céu, do que do Inferno.
- Bom dia, Padre. A benção? - pedi me levantando e lhe fazendo uma pequena reverência.
- Deus te abençoe! - o homem respondeu antes de abrir um sorriso gentil. Ele nunca me recebeu com medo ou com pena em seu olhar, me considerando um fiel digno de sua atenção como qualquer outro.
