Capítulo 11

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Pov: Dazai

07 de maio, domingo.

De segunda a sexta eu trabalho meio período na cafeteria, começando às 17h e terminando às 21h. Mas costumo faltar de vez em quando, então, tenho que trabalhar nos sábados para compensar as faltas. Bom, esse foi o acordo que eu fiz com o dono desse lugar, para eu não ser demitido (de novo). 

De qualquer forma, a cafeteria não é muito movimentada, então, não faço tanta coisa por aqui, tendo como principais clientes o pessoal da agência de detetives do quarto andar deste mesmo prédio, a cafeteria ficando no térreo.

A única coisa boa de vir trabalhar é poder ter a presença da garçonete que fica no mesmo turno que eu. Além das clientes também, é claro.

Afinal, quem não gostaria de receber alguns flertes meus? Isso deixa as clientes mais agradáveis e entretidas quando estão sem companhia e mergulhadas no tédio dessa cafeteria.

—Dazai-san, ei, temos uma cliente, atende ela enquanto pego os pedidos de outra mesa. –A minha colega de trabalho, que não cai nos meus encantos (algo raro de acontecer comigo), chama, com seu sorriso doce, porém, levemente forçado quando direcionado a mim.

—Pode deixar, será uma das minhas últimas mesas. Tem certeza de que você fecha hoje? –Pergunto preocupado. Nos sábados, trabalhamos 14h às 18h, já escurecendo.

—Pode ficar tranquilo, vou sair com um amigo meu hoje, ele vem me buscar. –Ela conta inocente, me fazendo piscar algumas vezes, frustrado.

—Então tá, daqui a pouco vou embora, tome cuidado. –Aviso lhe oferecendo um belo sorriso, pegando um cardápio e indo até a mesa, onde havia uma única cliente esperando.

Era uma mulher jovem de cabelos escuros e curtos, um pouco acima dos ombros, com olhos magenta. Uma moça bonita.

—Como posso ajudar esta bela mulher? Aceita o cardápio, temos uma boa variedade por aqui. –Ofereço, abrindo um sorriso simpático e mantendo uma distância comum. Não invado o espaço pessoal das minhas clientes.

—Aceito, sim, obrigada. –Ela pega o cardápio. —Pode me dar uma informação também?

—Informação? Do que você precisa? –Questiono curioso, pessoas costumam pedir indicações de lugares, principalmente turistas.

—Tem uma agência de detetives nesse prédio, não tem? –Ela pergunta um pouco séria, encarando o cardápio. Apenas concordo com a cabeça. —Pode me dizer onde fica exatamente, por favor? Só para eu confirmar.

—Ah, claro, fica no quarto andar, mas não sei te dar mais informações, nunca fui pra lá. Mas pode ter alguma sinalização, uma plaquinha, sei lá. –Comento, dando de ombros. —Mais alguma coisa?

—Não, obrigada. –Ela nega, com um leve sorriso. —Quero um café macchiato, apenas.

—É pra já. –Digo, me afastando e indo pegar o pedido.

Pouco tempo depois, volto a mesa da moça: —Aqui está, qualquer problema, por favor, avise. –Peço educadamente, dando um sorriso suave, recebendo um murmúrio de confirmação. —Vai entrar pra tal agência? –Pergunto curioso, não tenho mais clientes para atender. Tentei a sorte da moça aceitar uma conversa.

—Talvez, ainda sou universitária, são altas as chances de eu não entrar. –Ela responde, dando um suspiro. —Você pode conversar com os clientes e deixar de trabalhar? –Pergunta irônica, sorrindo pequeno.

—Não tenho mais ninguém pra atender e entreter os clientes faz parte do trabalho. –Respondo, a vendo apontar com o queixo para a cadeira em sua frente, onde me sento em seguida sem nem pensar duas vezes.

Foi Só Coincidência?-Fanfic Bsd Onde histórias criam vida. Descubra agora