Capítulo 28

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Pov: Dazai

25 de junho, domingo.

Chegou o dia de ir até a casa do Nakahara para ter um agradável almoço. Almoço esse onde contará com a presença do irmão mais velho dele, do cunhado dele e da Aya.

Não que eu ache que será desconfortável ou que possa resultar em alguma discussão, não, não acho isso.

Minha maior preocupação é o clima que pode estar esse almoço...

Eu sempre afirmei ser hétero e, agora, estou em algum tipo de relacionamento com ele. É de certa forma estranho.

Também não sou próximo de Verlaine como Chuuya é de Atsushi. Não sei muito bem como eu deveria conversar com ele ou reagir a ele.

E, além disso, Rimbaud estará lá. Honestamente, acho que o vi uma ou duas vezes quando visitei Chuuya na época do colegial. É um homem gentil, mas aposto que se ficar irritado é capaz de destruir o rosto de alguém com um único soco.

Não posso magoar Chuuya, senão, serei torturado e deixado à beira da morte.

Sentia arrepios só de pensar.

Ao menos Aya é adorável. Tenho certeza que ela consegue descontrair o clima e melhorar minha imagem, afinal, eu sempre fui um amor com a garota.

E Chuuya pode me ajudar também (ou piorar tudo).

Ao menos Atsushi estará comigo.

Acho que será, no mínimo, constrangedor.

—Onii-san, já está pronto? —Atsushi pergunta ao adentrar meu quarto.

Eu estava em pé, olhando para o nada, ao menos, já arrumado para sair. Não que eu tivesse feito muita coisa, estava bem simples, é só um almoço afinal.

—Claro —respondo simplista, direcionando meu olhar ao espelho apenas para conferir se permanecia minimamente ajeitado.

—Então vamos logo! Senão, vamos nos atrasar. —O mais novo apressa, segurando no meu braço e me arrastando para o andar de baixo.

—Se Verlaine me ameaçar, me proteja —peço dramático, vendo-o rir levemente enquanto negava com a cabeça.

(...)

Na casa de Chuuya, Atsushi tocou a campainha, esperando pacientemente.

Eu sentia meu coração bater mais forte, tentando entender o porquê de estar tão nervoso. Só Chuuya consegue despertar esse tipo de coisa em mim.


E, então, tudo só piorou quando a porta foi aberta, revelando logo de cara: Paul Verlaine.

—Ah, chegaram cedo, sejam bem-vindos —Verlaine cumprimenta, abrindo um sorriso simpático, dando espaço para que pudéssemos passar.

E assim fizemos, pedimos licença e entramos, sendo guiados por Verlaine (por mais que eu conhecesse a casa como a palma de minha mão).

—Se importam de esperar o almoço? —o mais velho pergunta, nos levando ao sofá da sala.

—De jeito algum —Atsushi responde educado. —Onde a Aya está?

—Ajudando na cozinha... —o outro diz, desviando o olhar com um sorriso sem graça. —Estamos em um pequeno desastre.

—E Chuuya? —pergunto curioso, recebendo um olhar interessado de Verlaine.

—Na cozinha também, ele é o centro do caos por lá —ele brinca, soltando uma leve risada. —Se quiserem vir conferir, estaremos todos lá.

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⏰ Última atualização: Nov 05 ⏰

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